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Retomada do turismo no verão europeu é marcada por calores extremos e seca

Ondas de calor, escassez no fornecimento de água, incêndios, mas a promessa de uma retomada animadora para o setor do turismo. A imprensa francesa desta quarta-feira (19) volta os olhos para as dores e as delícias do período de férias de verão no hemisfério Norte.

Uma farmácia em Roma exibe a temperatura de 46°C, em 18 de julho de 2023.
Uma farmácia em Roma exibe a temperatura de 46°C, em 18 de julho de 2023. © Domenico Stinellis / AP
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Le Figaro vê com otimismo a retomada do turismo no segundo verão europeu após a pandemia, apesar da inflação que pesa sobre a França. De Paris à Côte d'Azur, passando pela Bretanha, a indústria do turismo aguarda um novo recorde para a temporada, superando os faturamentos de 2022.

Este ano, os visitantes internacionais seriam ainda mais numerosos no país, para quem a alta dos preços de hotéis e restaurantes parece incomodar menos. Com exceção dos chineses, os estrangeiros voltaram em peso, principalmente os europeus. Em relação aos franceses, o escritório de turismo estima que estes correspondem a 23,5 milhões de reservas em diferentes tipos de hospedagens.

Ao mesmo tempo, a publicação aborda a crise que se instalou nas piscinas públicas de Berlin, onde confusões e episódios recentes de violência levaram ao fechamento de alguns estabelecimentos e à exigência de apresentação de passaporte para garantir o acesso. As equipes de segurança que tiveram que ser instaladas ou reforçadas nas piscinas agora revistam bolsas e mochilas na entrada.

Ondas de calor e incêndios

A temporada, no entanto, não é sinônimo apenas no aumento do fluxo de turistas. Ondas de calor e incêndios florestais também voltam a assombrar os europeus neste verão. O site FranceInfo descreve que os dois incêndios florestais em Atenas, na Grécia, agravados por fortes ventos, continuavam a avançar na manhã desta quarta-feira.

Recordes de temperatura foram quebrados em todo o mundo na terça-feira (18) e mais ondas de calor são esperadas para esta quarta-feira. De acordo com a Agência Meteorológica Espanhola (Aemet), as temperaturas atingiram 45,3°C na terça-feira em Figueres, na Catalunha, e 43,7°C nas Ilhas Baleares.

No sul da França, os recordes foram quebrados principalmente nos Alpes (leste), Pirineus (oeste) e na ilha da Córsega, anunciaram os serviços meteorológicos. Esses recordes são de 8°C a 11,9°C acima do normal para a temporada.

Seca

A edição do Libération traz uma grande reportagem sobre um tema que preocupa os franceses há muito tempo: a falta d'água associada a uma seca histórica no país, onde muitas cidades já vivem sob regras de racionamento de fornecimento e consumo.

O jornal destaca que um em cada cinco litros de água potável se perde pelas tubulações na França devido à falta de manutenção da estrutura de distribuição. O problema é ainda maior na região dos Pirineus Orientais. Só na cidade de Perpignan, mais de 5 milhões de metros cúbicos de água se perdem todos os anos.

Já o Le Parisien faz um balanço dos prós e contras da alta temporada: por um lado, esta expectativa de ondas de calor que ameaçam não somente a França, mas grande parte da Europa, com temperaturas acima dos 40°C, em lugares não necessariamente estruturados para as altas temperaturas.

Por outro, o diário da capital também lembra o clima de diversão e alegria que marca esta época, com uma agenda cultural e de lazer "trepidantes", como diriam os franceses, que aguardam com ansiedade a final do Tour de France, que acontece no próximo domingo (23), e uma série de eventos para aproveitar a temporada ao ar livre, a exemplo do Cinéma en Plein Air, um mês de projeção gratuita de filmes que começa nesta quarta-feira no Parc de La Villette, no norte de Paris.

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