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Grécia: em plena onda de calor, bombeiros lutam contra incêndios florestais perto de Atenas

Na Grécia, mais de 400 bombeiros estão em ação desde segunda-feira (17) lutando contra incêndios florestais nos arredores de Atenas e na região no Peloponeso, no sudeste do país. Os trabalhos são dificultados pela onda de calor que o país enfrenta e os fortes ventos.

Bombeiro luta contra as chamas na localidade de Agioi Theodori, a 70 quilômetros a oeste de Atenas nesta terça-feira, 18 de julho de 2021.
Bombeiro luta contra as chamas na localidade de Agioi Theodori, a 70 quilômetros a oeste de Atenas nesta terça-feira, 18 de julho de 2021. AFP - VALERIE GACHE
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Com informações de Joël Bronner, correspondente da RFI em Atenas, e agências

Quase um mês após o início do verão no Hemisfério Norte, a Grécia, que é frequentemente palco de imensos incêndios florestais, havia sido poupada até o momento. Em Bruxelas para a cúpula da Celac-União Europeia, o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, evocou na segunda-feira “o primeiro dia difícil deste verão”, e voltou às pressas para o país.

Vários focos de incêndios foram declarados nas últimas horas em torno da capital grega, em um momento de alta frequentação turística. Até o momento, quase três mil hectares de florestas viraram cinza nas proximidades de Atenas, de onde é possível ver as nuvens de fumaça.

Em Dervenochoria, a 30 km ao norte da capital, as autoridades ordenaram que a população deixe suas casas nesta área de pinheiros e oliveiras, refúgio de tartarugas terrestres. O mesmo alerta foi emitido aos moradores de Kouvaras, Anavyssos, Lagonisi e Saronida, a 40 km a sudeste de Atenas.

Dezenas de bombeiros lutam contra as chamas com a ajuda de 76 caminhões-tanque e cinco helicópteros. “As forças de proteção civil fizeram tudo o que puderam durante um combate que durou a noite inteira”, indicou um porta-voz dos bombeiros da Grécia, Ioannis Artopoios.

A 80 km a oeste de Atenas, no Canal de Corinto, na região do Peloponeso, um terceiro foco segue ativo. Na estação balneária de Loutraki, cerca de 120 bombeiros lutam contra as chamas, com a ajuda de cinco aviões e um helicóptero. Cerca de 1.200 crianças foram retiradas de colônias de férias do local.

Países europeus enviam ajuda

O ministro francês do Interior, Gérald Darmanin, anunciou nesta terça-feira que dois aviões Canadair, uma aeronave de patrulha e 18 bombeiros serão enviados à Grécia. O mecanismo europeu de Proteção Civil foi ativado e a Itália também encaminhará reforços a Atenas.

Os incêndios florestais têm início na Grécia em um momento em que os termômetros ultrapassam 44°C. As chamas se espalham rapidamente, devido a um vento de 60 km/h.

Os incidentes trazem à tona tragédias recentes que o país viveu. Em 2021, o fogo deixou três mortos e destruíram mas de 100 mil hectares de florestas. Em 2018, mais de 100 pessoas morreram em Mati, perto de Atenas, no pior incêndio do qual o país foi palco.

Paralelamente, as autoridades gregas enfrentam a recusa da população de deixar suas casas. Foi o que ocorreu em 2021 na ilha de Eubeia, quando moradores tentaram salvar suas residências com suas próprias mãos. Mesmo diante de sucessivas tragédias, os seguros contra incêndios ainda não são obrigatórios no país.

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