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Guerra na Ucrânia: Finlândia planeja erguer um muro na fronteira com a Rússia

Depois de fechar suas fronteiras para turistas russos na semana passada, a Finlândia está estudando construir um muro ao longo de sua fronteira com a Rússia. Mesmo que o país ainda não tenha registrado nenhuma passagem ilegal em seu território, o projeto visa controlar possíveis entradas em massa no solo finlandês e mesmo ataques híbridos da Rússia. Prova de que as autoridades finlandesas estão preocupadas com a degradação da segurança em seu flanco leste.

A Finlândia avalia construir um muro ao longo de sua fronteira com a Rússia.
A Finlândia avalia construir um muro ao longo de sua fronteira com a Rússia. REUTERS - Janis Laizans
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Com informações da correspondente da RFI, Carlotta Morteo

A fronteira entre a Finlândia e a Rússia tem 1.300 km de extensão. Trata-se de uma linha invisível no meio de florestas densas e congeladas pela neve durante a maior parte do ano.

Impossível, e provavelmente inútil, portanto, erguer um muro em toda a fronteira. Apenas 260 km serão reformados: trechos considerados muito porosos pelas autoridades finlandesas, que substituirão as atuais cercas de madeira por grades bem monitoradas e menos fáceis de pular.

"A Europa está em guerra"

A proposta feita pelos guardas de fronteira teve uma resposta positiva da primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin. Na segunda-feira (3) ela declarou, no entanto, que gostaria de um amplo consenso por parte do Parlamento a esse respeito, já que se trata de um canteiro de obras caro e que pode durar vários anos. O desafio é reduzir os riscos para o país sobre um possível êxodo em massa da Rússia, e mesmo uma proteção contra ataques de Moscou.

Em resposta a alguns especialistas em relações internacionais que acreditam que esta decisão pode aumentar as tensões entre a Rússia e a Finlândia, a líder finlandesa justificou a medida: “A Europa está em guerra. A situação não poderia ser mais tensa”.

Desde o início da invasão russa na Ucrânia, a Finlândia recebeu um número recorde de pessoas que pedem asilo no país. Em agosto, o número já havia superado o último recorde, alcançado durante a crise migratória de 2015, de acordo com as autoridades finlandesas.

Candidata a entrar na Otan juntamente com a Suécia, a Finlândia precisa da ratificação de todos os 30 Estados-membros para começar a fazer parte da Aliança Atlântica. Esses dois países abriram mão da sua tradicional neutralidade, em razão da invasão russa na Ucrânia.

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