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Na Finlândia, pedidos de asilo ultrapassam recorde da crise migratória de 2015

A Finlândia recebeu um número recorde de pessoas que pedem asilo no país após a invasão russa da Ucrânia. O número superou inclusive o último recorde, alcançado durante a crise migratória de 2015, de acordo com anúncio das autoridades finlandesas nesta segunda-feira (8).

Refugiados ucranianos chegam a Medyka, na fronteira com a Polônia em 12 de abril de 2022. (Foto ilustrativa)
Refugiados ucranianos chegam a Medyka, na fronteira com a Polônia em 12 de abril de 2022. (Foto ilustrativa) REUTERS - LEONHARD FOEGER
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Em 4 de agosto, "as pessoas que fugiram da Ucrânia em razão do ataque militar da Rússia apresentaram 35.074 solicitações de proteção temporária", relatou o Serviço de Imigração finlandês em uma nota.

Atualmente, mais de 37.000 pessoas estão registradas no sistema de acolhida do país, "um número recorde", acrescenta o comunicado.

O recorde anterior havia sido de 32.000 pedidos de asilo, alcançado durante a crise migratória de 2015. Naquele ano, centenas de milhares de refugiados, oriundos majoritariamente da África, do Oriente Médio e da Ásia, buscaram chegar à Europa Ocidental, uma situação que expôs a crítica situação humanitária vivida pelos migrantes.

Menos de 1% negado

De acordo com o serviço de imigração finlandês, "um terço dos que fogem da Ucrânia são crianças". O órgão processou 33.480 solicitações de proteção até agora, o que significa que cerca de 95% dos solicitantes obtiveram uma resposta. Destes, 33.231 receberam proteção e menos de 1% das solicitações teve uma resposta negativa. "Os solicitantes que receberam uma resposta negativa são cidadãos de países diferentes da Ucrânia", informou o serviço de migração.

Na Finlândia, qualquer pessoa tem o direito a trabalhar assim que a sua solicitação de proteção temporária é registrada.

Mais de 6,3 milhões de refugiados ucranianos foram registrados na Europa, segundo os últimos dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Com mais de 1,3 mil quilômetros de fronteiras terrestres com a Rússia, a Finlândia decidiu abrir mão da neutralidade adotada após a amarga derrota para a União Soviética, durante a Segunda Guerra Mundial. O país solicitou a adesão à Otan, depois que Moscou invadiu a Ucrânia.

Na terça-feira (2), a França aprovou os protocolos de adesão da Suécia e da Finlândia à Otan, após a decisão histórica desses dois países de aderirem à Aliança Atlântica. Os dois candidatos ainda precisam da ratificação de todos os 30 estados-membros.

(Com informações da AFP e RFI)

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