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UE em alerta após denúncia de sabotagem em gasodutos Nord Stream 1 e 2

A União Europeia alertou nesta quarta-feira (28) contra ataques a infraestruturas energéticas do bloco e a Noruega informou que vai reforçar a segurança em torno de suas instalações petrolíferas, após a Dinamarca afirmar que os vazamentos de gás nos gasodutos Nord Stream 1 e 2, que ligam a Rússia à Alemanha, detectados desde segunda-feira (26), foram atos deliberados.

Tubulações no ponto de chegada do gasoduto Nord Stream 1 em Lubmin, na Alemanha, em 8 de março de 2008.
Tubulações no ponto de chegada do gasoduto Nord Stream 1 em Lubmin, na Alemanha, em 8 de março de 2008. REUTERS - HANNIBAL HANSCHKE
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Fernanda Melo Larsen, correspondente da RFI em Copenhague

“Toda perturbação deliberada das infraestruturas energéticas europeias é totalmente inaceitável e terá uma resposta vigorosa e unida”, afirmou em declaração publicada nesta quarta-feira o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, en nome dos 27 Estados-membros do bloco.

Borrell também afirmou que os incidentes “não eram uma coincidência”.

Durante uma coletiva à imprensa na noite desta terça-feira (27), a primeira-ministra da Dinamarca Mette Frederiksen disse que as três explosões em dois gasodutos, que aconteceram próximos da ilha dinamarquesa de Bornholm, foram provocadas e as classificou como ato de sabotagem.

“A situação é bastante grave. Mas não vou entrar em palpites sobre quem está por trás disso”, afirmou Mette Frederiksen.

A ilha de Bornholm, onde aconteceram os vazamentos de gás está localizada entre a Dinamarca e a Suécia. As autoridades dinamarquesas avaliam que os estragos foram causados por explosões. Os gasodutos danificados estão a uma profundidade de 70 a 90 metros abaixo do nível do mar.

Bolhas de gás de um dos vazamento do Nord Stream 2 no mar Báltico nas proximidades de Bornholm, na Dinamarca, em 27 de setembro de 2022.
Bolhas de gás de um dos vazamento do Nord Stream 2 no mar Báltico nas proximidades de Bornholm, na Dinamarca, em 27 de setembro de 2022. via REUTERS - DANISH DEFENCE COMMAND

A Noruega reagiu logo após as declarações de Frederiksen. “O governo decidiu aplicar medidas para aumentar a segurança das infraestruturas, terminais em terra e instalações na plataforma continental norueguesa”, declarou o ministro da Energia da Noruega, Terje Aasland, em um comunicado na noite de terça-feira.

O país passou a ser o principal fornecedor de gás da Europa, após a invasão da Ucrânia pela Rússia e das sanções aplicadas à Moscou pelos países ocidentais.  

Suécia em alerta

Devido à proximidade com a Suécia a primeira-ministra Magdalena Andersson, disse em uma coletiva à imprensa também na terça-feira, que está em contato direto com autoridades da Dinamarca, da Noruega, da Finlândia, da Alemanha e dos Estados Unidos.

“Este não é um ataque ao território sueco ou dinamarquês, mas este ato está sendo levado muito a sério por nós aqui na Suécia”, disse Andersson.

Europa em alerta

Já a presidente Comissão Europeia, Ursula von der Leyen escreveu na página oficial dela no Twitter: “Qualquer interrupção da infraestrutura energética europeia ativa é inaceitável e levará à resposta mais forte possível”.

O secretário geral da Otan, Jens Stoltenberg, também disse que estava preocupado com os vazamentos nos dois gasodutos. Ele deve se encontrar nesta quarta-feira o ministro dinamarquês da Defesa Morten Bodskov para ter informações sobre a situação.

A embaixada da Rússia na Dinamarca fez uma publicação sobre os vazamentos de gás no Facebook. "A embaixada assume que a situação será apurada pelas autoridades competentes, com o envolvimento de todas as forças e meios necessários para tal. Os resultados da investigação devem ser tornados públicos".

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