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Covid-19: Espanha enfrenta falta de testes às vésperas das festas de fim de ano

A apenas alguns dias do Natal, os testes de diagnóstico de Covid-19 estão em falta na Espanha, onde as pessoas devem fazer longas filas para saber se estão infectadas antes das reuniões de fim de ano. A OMS alertou na segunda-feira (20) para os riscos das festas para a propagação da doença.

As vésperas do Natal, na Espanha faltam testes anticovid-19 nas farmácias. Na foto, pessoas usando máscaras nas ruas de Pamplona.
As vésperas do Natal, na Espanha faltam testes anticovid-19 nas farmácias. Na foto, pessoas usando máscaras nas ruas de Pamplona. AP - Alvaro Barrientos
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Com François Musseau, correspondente da RFI em Madri

Encontrar um lugar para ser testado se tranformou em uma via crucis em Madri. Belém Rodriguez é farmacêutica, perto da Gran Vía, no centro capital. Como em outras farmácias, os testes acabaram. “Estamos desabastecidos. Houve tanto consumo que o estoque que tínhamos acabou”, diz. “É desastroso. Não há mais testes em nenhum lugar. Estamos como no começo da pandemia com as máscaras, porque não havia, agora são os testes”, lamenta.

Longas filas de espera se formam diante dos laboratórios particulares. As pessoas, preocupadas, querem fazer um teste antes das reuniões de fim de ano. Nas raras farmácias que ainda têm material para testar, os preços aumentaram de € 5,50 a €7,90 (R$35,57 e R$51,23) para os de antígeno e os PCR custam em torno de €100 (R$648,52).

Além da falta, muitos não confiam nos resultados, como a aposentada Magdalena. “Os testes de antígeno não são uma solução milagrosa, nem são confiáveis”, diz. “O que as pessoas tinham que fazer era não organizar ceias de Natal, nem se reunir com a família. Deveríamos ser mais cuidadosos”, afirma.

Precaução no fim de ano

Com o surgimento da variante ômicron, detectada na África do Sul em novembro e muito mais contagiosa, alguns países enfrentam uma quinta onda de covid-19 e apertam as restrições sanitárias. Mas o governo de Pedro Sanchéz reconheceu assumir o risco de não tomar medidas mais restritivas.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta segunda-feira (20) que 2022 deve ser o ano "em que acabaremos com a pandemia". Ghebreyesus expressou o desejo em uma entrevista coletiva em Genebra, onde também defendeu a redução da desigualdade no acesso às vacinas.

Se quisermos acabar com a pandemia no próximo ano, devemos acabar com a desigualdade (no acesso às vacinas), garantindo que 70% da população de todos os países esteja vacinada até meados do ano que vem", disse Tedros.

Ele disse que não se opõe às doses de reforço, mas afirmou que elas devem ser reservadas às pessoas vulneráveis ou com mais de 65 anos. O diretor da OMS disse que seria mais adequado que os países que administram terceiras injeções a adultos e crianças em perfeita saúde, compartilhassem as doses ou convencessem as pessoas que ainda não se vacinaram.

O chefe da organização alertou para os riscos das reuniões familiares neste período de festas. Ele disse que as famílias e pessoas que querem se encontrar devem pensar duas vezes. “Um evento cancelado é melhor que uma vida a menos”, disse.

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