Acessar o conteúdo principal
Catalunha

Puigdemont pede que separatistas se unam para eleições catalãs

O presidente catalão destituído, Carles Puigdemont, defendeu nesta terça-feira (7) a unidade dos separatistas para as eleições regionais de 21 de dezembro. Os partidos nacionalistas ainda debatem se devem se apresentar conjunta ou individualmente. 

Imagem de arquivo do presidente catalão destituído, Carles Puigdemont, em entrevista à televisão belga em 3 de novembro.
Imagem de arquivo do presidente catalão destituído, Carles Puigdemont, em entrevista à televisão belga em 3 de novembro. RTBF Television via Reuters
Publicidade

"Não temos outra alternativa a não ser irmos todos juntos", afirmou em entrevista concedida à rádio pública catalã, Catalunya Radio, em Bruxelas. 

Puigdemont viajou à capital belga após a declaração de independência da Catalunha, em 27 de outubro. Ele e quatro ex-ministros catalães aguardam a decisão de um tribunal belga, que deve ser anunciada em 17 de novembro, sobre o pedido de prisão emitido pela Espanha. Até lá, estão em liberdade condicional, mas proibidos de deixar a Bélgica.

Caso decidirem apresentar uma aliança, os partidos devem notificar a decisão à junta eleitoral, apesar de precisarem afinar suas diferenças. Segundo Puigdemont, a chapa deve incluir tanto os membros de seu gabinete que se encontram em Bruxelas, como os outros oito presos preventivamente em Madri por rebelião e desvio de fundos públicos devido à realização de um referendo de autodeterminação e da declaração ilegal de independência nesta região.

Puigdemont explica viagem à Bruxelas

Na entrevista à Catalunya Radio, o presidente catalão destituído justificou sua viagem para a Bélgica, afirmando que o Executivo espanhol preparava uma "onda duríssima de violência" pela qual ele seria responsabilizado. Segundo ele, seu governo decidiu se dividir, com cinco membros em Bruxelas para internacionalizar a causa e os outros na Espanha para responder à justiça - o que determinou a prisão preventiva do grupo.

"Penso que não nos equivocamos. Estou absolutamente convencido de que o Estado espanhol havia preparado uma onda duríssima de repressão, de violência, pela qual queria responsabilizar a todos nós", afirmou Puigdemont, que diz representar o "governo no exílio".

Ele não explicou, no entanto, de que maneira sua saída do país contribuiu para evitar a violência que, segundo o catalão, teria sido planejada pelo governo espanhol.

Eleições do 21 de dezembro

Com o Executivo de Puigdemont destituído, o governo espanhol administra a Catalunha até as eleições regionais de 21 de dezembro. Os partidos independentistas disputarão as eleições, apesar de considerá-las ilícitas por terem sido convocadas pelo primeiro-ministro Mariano Rajoy, e ainda discutem se isto acontecerá em coalizão ou de modo separado.

Puigdemont defendeu na entrevista a formação de uma lista única para enfrentar o "golpe de Estado" executado, segundo ele, pelo governo espanhol ao destituir seu Executivo e assumir o controle da região.

Na véspera, em sua primeira mensagem depois de ser colocado em liberdade condicional na Bélgica, ele criticou o governo central espanhol por sua falta de democracia. "Em liberdade e sem fiança. Nosso pensamento está com os companheiros injustamente presos por um Estado afastado da prática democrática", publicou Puigdemont em sua conta no Twitter.

(Com informações da AFP)
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.