Conservador italiano Antonio Tajani é eleito presidente do Parlamento Europeu

No quarto e último turno da votação no Parlamento Europeu, nesta terça-feira (17), Tajani foi eleito por 351 votos contra 282. Ele dedicou a vitória às vítimas do terremoto na Itália.

O italiano Antonio Tajani ao ouvir o anúncio de sua vitória no Parlamento Europeu, em 17 de junho de 2017 Reuters/Christian Hartmann

Foi o alemão Martin Schulz, que está deixando o cargo, quem anunciou a vitória de Antonio Tajani, deputado do Partido Popular Europeu, o PPE, de centro-direita. O italiano venceu no duelo final o seu conterrâneo, Gianni Pittella.

"Eu serei o presidente de todos vocês. Eu respeitarei todos os grupos, vocês podem contar com minha total disponibilidade", declarou Tajani, que dedicou o resultado da eleição às vitimas do terremoto que atingiu a Itália. "Eu quero enviar uma mensagem muito forte de solidariedade deste Parlamento a todas as vítimas do terrorismo, sem esquecer os que sofrem neste momento, sejam os desabrigados ou aqueles que não têm trabalho". Tajani foi bastante aplaudido pelos eurodeputados.

O presidente do Conselho da União Europeia, o polonês Donald Tusk, igualmente do partido PPE, felicitou Tajani em um tuite em nome de todos os Estados-Membros.Tusk também disse estar pronto a cooperar com ele. "Uma União Europeia forte e unida precisa de um Parlamento Europeu construtivo e eficiente", tuitou.

Nos três primeiros turnos da eleição, seis candidatos estavam na disputa, mas nenhum conseguiu a maioria absoluta. No quarto e último turno, houve 713 votos, dos quais, 80 nulos.

O que faz o presidente do Parlamento Europeu?

O Parlamento é a única instituição europeia em que os membros são eleitos por sufrágio universal a cada cinco anos.

O presidente, que dirige as atividades do conjunto do órgão legislativo, co-assina, com o presidente do Conselho Europeu, as leis e o orçamento da União.

Martin Schultz, que está passando o posto para Tijani, declarou em uma recente entrevista quais são os principais desafios do Parlamento no futuo: adaptar a Europa à globalização, reforçar a primazia do direito e afinar o equilíbrio entre liberdade e segurança. Desafios que aguardam o seu sucessor, eleito neste 17 de janeiro em Estrasburgo.