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Portugal/Uber

Taxistas bloqueiam acesso ao aeroporto de Lisboa em protesto contra Uber

Centenas de motoristas de taxi bloquearam o acesso ao aeroporto de Lisboa nesta segunda-feira (10). Os taxistas protestavam contra a legalização em Portugal dos serviços alternativos de transporte de passageiros, como Uber e Cabify, e os veículos clandestinos que aproveitam do dispositivo para trabalhar ilegalmente.

As ruas de dão acesso ao aeroporto de Lisboa foram bloqueadas pelos taxistas durante o protesto.
As ruas de dão acesso ao aeroporto de Lisboa foram bloqueadas pelos taxistas durante o protesto. REUTERS/Pedro Nunes
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Vários confrontos foram registrados entre manifestantes e policiais durante o protesto, quando os taxistas se recusaram a liberar o acesso ao aeroporto. Pelo menos três motoristas foram detidos. Os sindicatos esperavam a participação de cerca de 6 mil dos 13 mil taxis que circulam no país. No entanto, a adesão foi menor que o previsto.

Os taxistas protestam contra o projeto de um decreto do governo do premiê Antônio Costa, que prevê regulamentar a atividade dos aplicativos da empresa norte-americana Uber e sua concorrente espanhola Cabify. Em troca, as autoridades querem impor aos motoristas uma formação de 30 horas – contra 150 para os taxistas –, possuir um veículo com menos de oito anos de uso, emitir notas fiscais eletrônicas e ter um seguro específico para o transporte de passageiros.

Governo recusa estabelecer limite para o número de veículos

Uma reunião foi realizada durante o dia com os representantes dos sindicatos e o ministro português do Meio Ambiente, João Matos Fernandes. Após o encontro, o representante do governo disse que ainda existe uma “divergência profunda”, já que o executivo rejeita limitar o número de carros da Uber, como exigem os taxistas.

Em uma carta publicada na imprensa portuguesa, o presidente da Federação Portuguesa do Táxi, Carlos Ramos, disse que o protesto não é contra as aplicações Uber ou Cabify, “e sim contra os veículos ilegais que prestam serviço a tais plataformas retirando trabalho diário de milhares de profissionais”. Já Florêncio Almeida, presidente da associação Antral, disse que não pretende parar a mobilização. "Vamos fazer um acampamento até que alguma coisa mude".

Outras capitais europeias também enfrentaram manifestações contra o aplicativo Uber. Na França, além das manifestações, os diretor da empresa no país chegaram a ser presos. Já no Reino Unido, a justiça decidiu que o sistema é legal. 
 

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