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Greve do Uber na França complica acesso aos aeroportos de Paris

Os motoristas que prestam serviço para a Uber na França decidiram fazer greve nesta sexta-feira (18) em protesto contra a redução das tarifas aplicadas pela empresa. Um comboio de veículos em algumas das estradas e ruas de Paris tornou difícil a vida de quem circulou pela capital francesa ou pretendia ir aos aeroportos da cidade.

A concorrência entre motoristas da Uber e taxistas é cada vez mais dura em Paris.
A concorrência entre motoristas da Uber e taxistas é cada vez mais dura em Paris. REUTERS/Sergio Perez
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A mobilização é protagonizada pelos prestadores da Uber, mas também pelos motoristas que trabalham para outras empresas do gênero na França, como Chauffeur Privé. Mas o principal alvo das reclamações é a multinacional norte-americana, que decidiu, em outubro, reduzir em 20% as tarifas em Paris, alegando que a baixa dos preços iria atrair uma nova clientela. No entanto, os motoristas, que já pagam 20% de comissão para a empresa, além de 10% de impostas, se sentiram lesados e decidiram protestar pela terceira vez este ano. 

Por volta das 9h, uma operação tartaruga foi iniciada nos arredores de Paris. Segundo o Centro francês de informação das estradas (CNIR na sigla em francês), o movimento provocou “dificuldades de circulação perto do aeroporto Roissy-Charles-de-Gaulle”, o principal da capital. O aceso ao terminal 2E chegou a ficar parcialmente bloqueado, pois os grevistas impediam os passageiros de entrar nos carros dos motoristas que não aderiram ao movimento, que coincide com o fim de semana de início das férias de natal.

No sul de Paris, a situação foi um pouco mais calma durante o dia, mesmo se alguns veículos tentaram bloquear momentaneamente o acesso ao aeroporto Orly, de onde saem os voos domésticos e parte das rotas europeias. Mesmo assim, segundo o CNIR, o tráfego registrou “fortes pontos de lentidão na zona de embarque”. Ainda de acordo com o organismo, a região parisiense teve 240 km de congestionamento, contra 200 km habituais nessa época do ano.

Esse tipo de serviço, conhecido na França como VTC (carro de turismo com motorista, na sigla em francês), reúne cerca de 9 mil condutores na região parisiense. E mesmo se a prestação sempre existiu, a chegada de Uber e a implementação de aplicativos que colocam em contato clientes e motoristas tem tornado a concorrência cada vez mais dura, inclusive com os taxistas, que melhoraram suas prestações para se sobressair. 

As associações que representam os VTC pedem que o governo regulamente as tarifas praticadas pelas empresas. 

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