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Ucrânia/Crise

Porochenko acusa Rússia de enviar mais armas a rebeldes no leste da Ucrânia

O presidente ucraniano, Petro Porochenko, acusou nesta segunda-feira (24) Moscou de enviar nos últimos dias um grande reforço para os separatistas pró-russos no leste da Ucrânia. A denúncia foi feita durante a cerimônia de celebração da Independência do país, e horas antes do encontro de Porochenko com os líderes da França e da Alemanha.

Petro Porochenko, presidente ucraniano, durante cerimônia do Dia da Independência , em Kiev, em 23 de agosto de 2015.
Petro Porochenko, presidente ucraniano, durante cerimônia do Dia da Independência , em Kiev, em 23 de agosto de 2015. REUTERS/Valentyn Ogirenko
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Petro Porochenko afirmou que o Kremlim enviou aos rebeldes do leste "três grandes comboios militares" em direção à Lugansk, Donetsk e Debaltseve, cidade estratégica que liga as duas capitais rebeldes, controladas pelos separatistas desde fevereiro.

"Moscou forneceu aos rebeldes até 500 tanques, 400 sistemas de artilharia e 950 blindados", afirmou o chefe de estado ucraniano, sem dar detalhes de quando esses equipamentos militares foram enviados. Segundo ele, a Rússia "nunca renunciou à ideia de uma intervenção direta ou a um ataque dos rebeldes no interior do país". Isso, apesar das sanções que pesam sobre a economia russa, acrescentou Porochenko.

"Guerra pela Independência" continua

O presidente ucraniano garante que 50 mil soldados russos foram deslocados para a fronteira com a Ucrânia e nove mil militares russos integram um contingente de 40 mil homens que enfrentam as forças ucranianas nas regiões separatistas.

As acusações contra Moscou foram feitas em Kiev, durante a cerimônia de celebração dos 24 anos de independência da ex-república soviética. "A guerra pela Independência ainda persiste e só podemos vencê-la juntando os esforços militares, o talento diplomático, a responsabilidade política e uma paciência de ferro", completou.

Soldados ucranianos que lutam contra os rebeldes separatistas marcharam no centro da capital. Diferentemente dos anos anteriores, armas pesadas não foram exibidas no tradicional desfile militar para celebrar a Independência do país.

Reunião de crise em Berlim

Porochenko fez as acusações contra Moscou horas antes de voar para Berlim, onde irá se reunir com a chanceler Angela Merkel e o chefe de estado francês François Hollande para discutir a crise ucraniana.

O chefe de estado da Ucrânia deverá apresentar propostas para diminuir a escalada do conflito. Apesar do cessar-fogo assinado em fevereiro, a trégua entre as forças governamentais e os rebeldes separatistas é violada quase diariamente nas principais linhas do front. Cerca de 6.800, a maioria civis, morreram desde o início do conflito no leste ucraniano, em abril de 2014.
 

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