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Ucrânia/Conflito

Missão da OSCE no leste da Ucrânia é alvo de ataques de separatistas

Os observadores da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) enfrentam um nível de pressão e assédio "sem precedentes" desde a última onda de violência no leste da Ucrânia, afirmou nesta quarta-feira (19) o chefe da missão, Ertugrul Apakan. Ele acusa principalmente os separatistas pró-russos de criar obstáculos para o trabalho e tentar intimidar os especialistas.

Ertugrul Apakan durante coletiva de imprensa, maio de 2015, Viena, na Áustria.
Ertugrul Apakan durante coletiva de imprensa, maio de 2015, Viena, na Áustria. DIETER NAGL / AFP
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Durante uma entrevista coletiva na sede da OSCE em Viena, o chefe da missão afirmou que os observadores foram tiveram inclusive sério risco de morte: "Nossas equipes foram visadas por tiros, incluindo de armas pesadas", denunciou. 

O episódio mais violento foi o incêndio de quatro carros blindados usados pelos enviados da Organização, na noite do dia 8 de agosto em Donetsk, reduto dos separatistas pró-russos no leste ucraniano. "Foi provavelmente um ataque direto visando a missão, para sabotar as operações", declarou Apakan.

Situação humanitária preocupa

O chefe da missão da OSCE esclareceu que incidentes aconteceram com as duas partes em conflito, mas foram registrados principalmente do lado dos rebeldes. Ertugrul Apakan também se queixou que, nas últimas semanas, intensificaram-se as interferências nos drones da OSCE.

A missão comandada pelo diplomata turco no leste da Ucrânia reúne 400 observadores de 42 países. Nos últimos dias, houve um aumento da violência no leste separatista, apesar da trégua em vigor desde fevereiro, estabelecida pelos acordos de Minsk.

Segundo Apakan, a OSCE observou que "os combates se intensificaram, tornaram-se mais violentos e as violações do cessar-fogo ficaram mais frequentes". Ele também alertou para a deterioração "preocupante" da situação humanitária na região. Desde abril de 2014, mais de 6,8 mil pessoas morreram devido aos combates entre os rebeldes pró-russos e as forças governamentais ucranianas.

 

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