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Ucrânia/Rússia

Rússia acusa Ucrânia de "pisotear" acordos de paz

A Rússia acusa o governo pró-ocidental da Ucrânia de "pisotear" o acordo de cessar-fogo assinado no início de setembro. O Kremlin alega que o governo ucraniano intensificou as operações militares nas regiões controladas pelos separatistas pró-russos no leste do país. Kiev adotou nesta quinta-feira (6) um controle de passaportes no entorno das regiões rebeldes de Donetsk e Lugansk, em uma estratégia destinada a isolar os rebeldes.

A Ucrânia impôs controle de passaporte nas fronteiras com as áreas separatistas do país, como em Donetsk e Lugansk. Posto de controle entre a Bielarus e a Ucrânia.
A Ucrânia impôs controle de passaporte nas fronteiras com as áreas separatistas do país, como em Donetsk e Lugansk. Posto de controle entre a Bielarus e a Ucrânia. REUTERS/Vasily Fedosenko
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O comunicado do Kremlin afirma "estar claro que os acordos de paz de Minsk foram pisoteados pelos ucranianos". "Em vez de contribuir para diminuir a violência, Kiev recorre intensamente à força militar no sudeste do país, utilizando armas pesadas, o que tem causado mortes e destruição", diz o texto da chancelaria russa.

Depois da eleição de presidentes nas duas "repúblicas separatistas", no último domingo, o governo de Kiev iniciou uma contra-ofensiva econômica e militar para recuperar os territórios rebeldes. Os combates se intesificaram perto do aeroporto de Donetsk, controlado pelas forças ucranianas que estão cercadas por milícias separatistas. Só a Rússia reconheceu os resultados das eleições. O pleito foi considerado ilegal pelos Estados Unidos, a União Europeia e a ONU. 

Contra-ofensiva de Kiev

O presidente ucraniano, Petro Porochenko, quer garantir a segurança de duas grandes cidades da região norte, Karkiv e Dnipropetrosk, onde a maioria da população fala russo. As duas cidades acolhem os feridos nos confrontos.

Há vários dias, Kiev denuncia a chegada maciça de equipamentos militares vindos da Rússia em áreas controladas pelos rebeldes. Diversos comboios militares são vistos, mas é difícil determinar sua origem.

A Otan afirma que Moscou continua apoiando os rebeldes, com treinamento, fornecimento de armas e equipamentos e envio de forças especiais ao leste da Ucrânia.

No plano econômico, o governo ucraniano estuda opções para sufocar os separatistas e entre as opções estão cortes no fornecimento de gás e energia para os territórios controlados pelos rebeldes.

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