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Grécia/Greve

Gregos fazem nova greve de 48h contra medidas de austeridade

A Grécia enfrenta uma nova greve geral nesta terça-feira em protesto contra as políticas de austeridade do governo conservador de Antonis Samaras. Os transportes públicos estão paralisados, nem táxis circulam em Atenas. Serviços da administração pública estão fechados e até juízes e advogados cruzaram os braços.

Novo dia de protesto na Grécia, às vésperas da votação de um novo plano de austeridade considerado mais rigoroso que os anteriores.
Novo dia de protesto na Grécia, às vésperas da votação de um novo plano de austeridade considerado mais rigoroso que os anteriores. REUTERS/John Kolesidis
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Cerca de 40 mil pessoas desfilaram no centro de Atenas para manifestar repúdio às políticas cada vez mais rigorosas do governo. Na faixa que encabeçava a passeata, lia-se "em primeiro lugar os seres humanos, abaixo os números e as medidas". Em Tessalônica, segunda maior cidade da Grécia, 20 mil pessoas participaram do cortejo.

A greve geral de 48 horas foi convocada pelas centrais sindicais em protesto contra a votação no parlamento, amanhã, de um novo pacote de medidas de austeridade que vão implicar cortes de 18,5 bilhões de euros nos gastos públicos até 2016. As novas medidas são uma exigência dos credores internacionais (FMI, União Europeia e Banco Central Europeu) em troca do repasse de uma parcela de 31,5 bilhões de euros que Atenas está à espera desde o mês de junho. O governo grego tem como meta reduzir o déficit público a 3,2% do PIB em 2016.

Amanhã, o parlamento grego deverá aprovar o projeto de orçamento de 2013 com mais cortes nas aposentadorias, nos salários de professores, juízes, militares, médicos, bombeiros, entre outros agentes do Estado. A idade mínima para aposentadoria passará em janeiro de 65 para 67 anos. Os salários de prefeitos e vereadores será reduzido à metade. Todas as contratações no setor público ficam congeladas até 2016. O salário mínimo também fica congelado em 580 euros por três anos. Até 25 anos, os gregos terão um mínimo de apenas 511 euros.

Em recessão pelo quinto ano consecutivo, a Grécia pediu ontem ajuda técnica ao Banco Mundial para gerenciar de forma mais adequada as contas do Estado. O país é frequentemente citado por suas carências institucionais, pela vitalidade de sua economia informal e a falta de um sistema confiável de arrecadação de impostos.

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