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Itália/ naufrágio

Sentença de capitão do Costa Concordia deve ser divulgada até quinta-feira

O tribunal de Florença, na Itália, que examina o processo do comandante do navio Costa Concordia Francesco Schettino, deve anunciar sua decisão até a próxima quinta-feira, segundo seu advogado Bruno Leporatti. Ele não deu maiores detalhes sobre o processo do naufrágio que resultou na morte de 15 pessoas e deixou pelo menos 17 desaparecidas.

O comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino, na sua chegada ao tribunal, em 17 de janeiro de 2012.
O comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino, na sua chegada ao tribunal, em 17 de janeiro de 2012. Reuters
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Acusado de homicídio culposo múltiplo e abandono de navio, a detenção de Francesco Schettino foi decretada pelo procurador de Grosseto, Francesco Verusio no dia seguinte ao naufrágio, no dia 13 de janeiro. Ele temia a fuga do comandante ou uma "dissimulação de provas", mas um juiz decretou, alguns dias depois, a prisão domiciliar do comandante em seu apartamento em Meta di Sorrento, no sul de Nápoles. Schettino não tem direito de deixar o local e só pode falar com sua família. A ilha de Giglio, onde ocorreu a catástrofe, depende do tribunal da cidade de Grosseto.

O procurador justificou a decisão para evitar a reincidência, uma tese refutada pela defesa do comandante. “A reincidência é impossível porque não existe a menor possibilidade de Francesco Schettino assumir novamente o comando de um navio", declarou um de seus advogados, Salvatore Parascandola. Schettino tem poucas chances de provar sua inocência. Ele é acusado de ter provocado o naufrágio do Concordia se aproximando demais do litoral, e em seguida ter abandonado o navio durante a evacuação dos 4200 passageiros e membros da tripulação.

O capitão reconheceu ter feito uma manobra errada, o que levou a embarcação a bater em um rochedo na ilha de Giglio, mas afirma ter tentado retomar o controle do navio, tentando desviá-lo para evitar o naufrágio em águas profundas. Ele também nega ter abandonado o comando do Concordia, e diz que a empresa estava a par das manobras. Durante seus depoimentos, Schettino deu declarações contraditórias, dizendo que perdeu o equilíbrio e escorregou em um bote. O impacto de navio contra o rochedo abriu uma fenda de 70 metros no casco, provocando o naufrágio.
 

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