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União Europeia/ Terrorismo

União Europeia e Noruega debatem medidas antiterrorismo

Os especialistas em terrorismo da União Europeia vão realizar nesta quinta-feira, em Bruxelas, uma reunião extraordinária com autoridades da Noruega para analisar os meios dos quais a UE dispõe para evitar ataques, como os ocorridos na sexta-feira em Oslo.

O primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, prometeu rever todos os procedimentos antiterrorismo do país.
O primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, prometeu rever todos os procedimentos antiterrorismo do país. REUTERS/Wolfgang Rattay
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O encontro foi convocado pela Polônia, que exerce a presidência rotativa da União Europeia. A Noruega jamais quis fazer parte da UE, mas é membro do espaço Schengen, de livre circulação de fronteiras na Europa, e participa do mercado interno no continente. Diplomatas afirmaram à agência AFP que o objetivo da reunião é trocar informações e não deve resultar em novas medidas, pele menos por enquanto.

Os especialistas europeus esperam ouvir dos noruegueses mais detalhes sobre a personalidade e, principalmente, sobre as relações de Anders Behring Breivik, o autor confesso do massacre de 76 pessoas na ilha de Utoya e na sede do governo norueguês. Apesar de afirmar ter agido sozinho para realizar os atentados, conforme a polícia norueguesa, Breivik teria trocado mensagens com extremistas de outros países. O objetivo do suspeito é barrar a “invasão muçulmana na Europa ocidental”.

Mas os investigadores não estão convencidos de que o homem não teve o apoio de colaboradores, assunto que deverá ser abordado na reunião de amanhã com os responsáveis antiterrorismo da UE. O encontro será realizado no Conselho Europeu e contará com a presença de inspetores da Europol e de representantes individuais dos Estados, como a França, que vai enviar um membro da sua Unidade de Luta Antiterrorismo.

Os especialistas deverão tratar sobre o reforço do controle dos grupos de extrema-direita, que podem ter sido negligenciados nos últimos anos devido à atenção redobrada aos suspeitos islâmicos. No relatório sobre terrorismo da Europol de 2011, o órgão dedicava apenas duas páginas aos radicais de direita e constatava que eles buscavam apoio político nos principais países europeus, concentrando-se na influência sobre os jovens através da internet.

Um das medidas que já eram estudadas pela UE para evitar o terrorismo é a limitação das vendas de armas e produtos químicos que possam servir à fabricação de explosivos. As bombas utilizadas por Breivik em Oslo foram fabricadas artesanalmente, com substâncias compradas pela internet na Polônia.

Noruega vai rever procedimentos

Nesta quarta-feira, o primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, se comprometeu a revisar todos os procedimentos antiterroristas adotados pelo país. “Depois das investigações e quando, de alguma forma, nós terminarmos de reconfortar aqueles que perderam familiares, será o momento de examinar todas as experiências que nós tiramos desta operação”, afirmou Stoltenberg em coletiva de imprensa. A polícia norueguesa enfrenta duras críticas pela demora em agir no tiroteio em Utoya.

 

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