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França/ extrema-direita

Partido francês suspende militante por apologia a terrorista norueguês

Cada vez mais integrados ao sistema institucional no continente, os partidos de extrema-direita europeus tentam evitar que o massacre norueguês seja identificado com suas propostas. Na França, a Frente Nacional suspendeu um militante que havia feito apologia à suposta "visão política" de Anders Breivik na internet. 

Marine Le Pen, candidata da Frente Nacional nas eleições presidenciais de 2012, na França, condenou os atentados.
Marine Le Pen, candidata da Frente Nacional nas eleições presidenciais de 2012, na França, condenou os atentados. Reuters/Charles Platiau
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Jacques Cautela vai permanecer afastado do partido enquanto o seu caso é analisado pela comissão de conflitos da sigla, encarregada das questões disciplinares. Em seu blog, chamado "mala ou caixão", ele descrevia o terrorista norueguês como "resistente", "um ícone" ou ainda "um defensor do ocidente".

O francês também explicava que "a motivação da ação terrorista do nacionalista norueguês era combater a invasão muçulmana". O texto foi retirado do ar ontem, depois que o Movimento contra o Racismo e pela Amizade entre os Povos registrou uma queixa contra Cautela, por incitação ao ódio racial.

O homem se defendeu afirmando que não era o autor das palavras: havia encontrado as frases na internet e as publicou, com o objetivo de "informar" os leitores do seu blog. Ele ainda disse que não apoia o terrorismo, "mesmo quando ele vem de ideias que defendo".

Embora a Frente Nacional tenha classificado Cautela como "apenas um filiado qualquer", o militante havia sido candidato pelo partido nas últimas eleições locais, em março. No sábado, a presidente da sigla, Marine Le Pen, já havia chamado a atenção de um dirigente do FN que havia publicado uma série de comentários sobre o aumento da imigração na Noruega, pouco depois de o mundo descobrir que o autor dos atentados no país era contra a integração de outras culturas à norueguesa. Marine condenou os ataques e os qualificou como "bárbaros e covardes".

Outros nomes da extrema-direita europeia também se pronunciaram contrários aos ataques, como o holandês Geert Wilders, para quem Breivik é "doente e violento". Hoje, o líder da direita nacionalista na Finlândia, Timo Soini, presidente do partido Os Verdadeiros Finlandeses, se apressou hoje em dizer que os atentados foram um crime horrível. O líder do partido mais popular atualmente na Finlândia, com 39 dos 200 deputados do parlamento, escreveu em seu blog que o norueguês Anders Breivik é um assassino que "cometeu um crime terrível contra a vida e a humanidade".
 

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