Djokovic vence terceiro Roland-Garros e entra na história do tênis com recorde de 23 títulos de Grand Slam
Uma vitória para entrar para a história. Ao derrotar o norueguês Casper Ruud neste domingo (11) por 3 sets a 0, (parciais de 7/6 (1), 6/3 e 7/5), o sérvio Novak Djokovic ergueu seu terceiro troféu de campeão de Roland-Garros e se tornou o maior recordista de Grand Slams com 23 troféus.
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Elcio Ramalho, de Roland Garros
Muito emocionado, Novak Djokovic falou primeiro em francês de sua emoção de ter alcançado mais uma marca histórica na carreira. “Estou evidentemente muito feliz, e também muito contente de estar aqui neste momento muito especial da minha vida com vocês. Este torneio é o mais difícil de ganhar em toda a minha carreira. Estou muito emocionado e esta quadra é muito especial”, afirmou.
Antes do tradicional discurso para celebrar a conquista, Djokovic recebeu da Federação Francesa de Tênis (FFT) uma miniatura do troféu Os Mosqueteiros, com todas as 23 conquistas gravadas de todos os pisos.
“É muito difícil de explicar a que ponto você é tão forte. Estou contente de ser o primeiro a te felicitar”, disse Casper Ruud a Novak Djokovic durante a cerimônia de premiação.
Aos 36 anos, o sérvio também se torna o primeiro tenista a ganhar pelo menos três vezes os torneios que formam o Grand Slam: o Aberto da Austrália (10), Roland-Garros (3), Wimbledon (7) e o US Open (3).
Djokovic também conquistou outra marca histórica na carreira: ao entrar em quadra, ele disputou sua 34ª final de Grand Slam, feito que o fez ultrapassar Serena Wiliams (33) e igualar o recorde da americana Chris Evert.
Favoritismo confirmado
Com a desistência de Rafael Nadal, devido a uma lesão, o sérvio, 3° no ranking mundial, entrou na lista dos potenciais candidatos ao título, tanto pela experiência quanto pelo nível de tênis. O favoritismo aumentou depois de ter despachado na semifinal o espanhol Carlos Alcaraz, número 1 mundial.
O sérvio já tinha um retrospecto muito favorável contra Casper Ruud, por ter vencido, sem perder nenhum set, as quatro partidas contra o norueguês, sendo duas delas em torneios de saibro, piso do torneio parisiense.
Foi a primeira vez que os dois se enfrentaram em Paris e também em uma partida de Grand Slam.
Aos 24 anos, Casper Ruud também entrou na quadra em busca de entrar para a história como o primeiro norueguês a erguer um troféu de um dos quatro principais torneios do circuito.
Na edição passada, ele também chegou à final, mas foi superado pelo rei da terra batida, Rafael Nadal, que ao vencê-lo ergueu seu 14° troféu de Roland-Garros. O norueguês também disputou e perdeu o US Open em 2022.
O jogo
Casper Ruud começou bem a partida, quebrando serviço do adversário e abrindo 3/0. O sérvio reagiu e chegou a empatar em 4/4.
O norueguês foi confirmando seus serviços e, com lances geniais e surpreendendo Djokovic, foi conquistando o público. O jogo ficou muito equilibrado e só foi decidido no tie break. O sérvio, mais constante e diante dos erros de Ruud, fechou com 7/6 (7-1) após 1h21.
O norueguês parece ter sentido o golpe e teve uma baixa de rendimento no início do segundo set, cedendo seu serviço e vendo o sérvio disparar no placar, chegando a 4/1. Casper Ruud ainda chegou a salvar dois set points e confirmar seu serviço, mas sem ter forças para impedir o adversário de fechar em 6/3, deixando o sérvio ainda mais próximo do título.
Ruud voltou mais aplicado e sólido, deixando o terceiro set bem equilibrado. Contando mais uma vez com o apoio da torcida, o norueguês só teve quebra de serviço no final, deixando Djokovic com a oportunidade de fechar o set em 7/5 e o jogo em 3 sets a 0 após 3h13 de partida.
Dois tricampeões
O troféu Os Mosqueteiros, atribuído ao vencedor, foi entregue pelo ex-tenista francês Yannick Noah, que este ano celebra 40 anos da conquista de seu título no saibro parisiense.
Noah, último francês a ganhar o torneio no saibro parisiense, recebeu uma série de homenagens durante a quinzena do torneio, inclusive o lançamento de um documentário com a participação de seus sete adversários na conquista de 1983.
A edição 2023 de Roland-Garros consagrou dois tricampeões, uma vez que no sábado (10) a polonesa Iga Swiatek ergueu seu terceiro troféu do Aberto da França após vitória sobre a tcheca Karolina Muchova por 2 sets a 1.
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