Imprensa francesa repercute ciberataque sofrido pela Anvisa
A imprensa francesa repercute nesta quinta-feira (9) o ataque cibernético sofrido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na quarta-feira (8), que por um tempo exibiu uma bandeira argentina e uma mensagem provocativa sobre o jogo pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022 interrompido no domingo (5), em São Paulo.
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O jornal francês L'Équipe diz que a "incrível paralisação" do jogo Brasil-Argentina não para de ter repercussões, após a investigação aberta na terça-feira (7) pela Fifa. O diário Ouest France destaca que a decisão sobre os pontos da partida continua indefinida. Desde o início da semana, a imprensa francesa acompanha os desdobramentos da confusão vista no gramado do estádio do Corinthians.
Ontem, no final do dia, a Anvisa informou que hackers haviam atacado o site que contém o formulário que viajantes devem preencher para entrar no Brasil. A bandeira da Argentina aparecia acompanhada pela mensagem: "Anvisa, não fizemos quarentena para passar por seus servidores: vão nos expulsar também?", dizia o texto sobre um fundo preto.
O ataque cibernético deixou o formulário da Anvisa fora do ar por cerca de uma hora e meia, mas não afetou outros sistemas da agência, que entrou em contato "com os órgãos de segurança do Governo Federal para as ações cabíveis". O serviço já foi normalizado.
A partida entre o Brasil, líder das eliminatórias sul-americanas com 21 pontos, e a Argentina, segunda colocada com 15, foi interrompida aos 5 minutos de jogo pela entrada de agentes sanitários que apontaram quatro jogadores argentinos por violação do protocolo anticovid e por mentir no formulário de imigração de entrada no país. A seleção argentina nega as acusações. Caberá à Fifa dar o parecer sobre a atribuição dos pontos da partida encerrada de maneira inesperada.
Segundo a Anvisa, os argentinos Emiliano Martínez, Cristian Romero, Giovani Lo Celso e Emiliano Buendía não poderiam ter entrado no Brasil sem respeitar uma quarentena porque estiveram no Reino Unido em algum momento dos últimos 14 dias.
A Polícia Federal abriu inquérito contra os atletas, acusados de omitir essa informação no cadastro de imigração.
Com informações da AFP
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