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Rio 2016

Vila Olímpica para atletas tem elogios e reclamações

A três dias do início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, as delegações das diversas nacionalidades presentes no evento convivem na Vila Olímpica com equipes de operários que ainda finalizam algumas obras ou reparam problemas visíveis nas partes interna e externa do complexo.

Vila Olímpica na Barra da Tijuca.
Vila Olímpica na Barra da Tijuca. Foto: RFI Brasil
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Na pista construída entre os prédios e o estacionamento onde ônibus se revezam para levar os atletas para as instalações de treinos fora da Vila, os moradores circulam ao lado de pedreiros e eletricistas em ação. No prédio onde estão concentradas as delegações da Colômbia e da Venezuela, a chegada na terça-feira (2) de uma grua permitiu a um funcionário trocar placas do teto em dois lugares que apresentaram vazamentos. Apesar dos reparos, são visíveis as marcas dos problemas.

Enquanto o trabalho de reparo era finalizado, as jogadoras colombianas de rúgbi 7 entravam cantando no local onde estão hospedadas e não se importaram com os detalhes. “Tudo tem sido espetacular e perfeito”, disse sorridente Isabel Romero Benítes.

O mesmo entusiasmo não é compartilhado pelo peruano Paolo Yurivilca, que compete na marcha atlética. “Por fora tudo está bem. Mas no interior, está deteriorado. Nós temos muitos problemas nos quartos que estão em péssimo estado. Não foram muito bem construídos”, afirmou. Segundo ele, a delegação peruana comunicou o problema aos responsáveis e ouviram a promessa de que providências serão tomadas.

Operário repara um problema de vazamento no térreo do prédio da delegação colombiana.
Operário repara um problema de vazamento no térreo do prédio da delegação colombiana. Foto: RFI Brasil

Estela Garcia, da equipe espanhola de atletismo, relativizou a situação que encontraram. “Faltam algumas coisas ainda por terminar, como um lugar para colocar escovas de dentes, e vemos que ainda estão em obras. Mas não era tanto como disseram, que estava muito sujo. Nós estamos bem aqui”, avaliou.

“Temos um pouco de problema com água, com o vaso sanitário que pedimos para trocar. E também tinha um piso que não estava acabado. Na verdade, antes de chegar, tínhamos muito medo por tudo que haviam dito, que saiu na imprensa, mas foi exagerado”, afirmou sua colega de pistas, Aure Oquesa.

Em frente ao prédio da Austrália, primeiro país a denunciar os problemas da Vila Olímpica, um representante da delegação, que não quis gravar entrevista, afirmou à RFI Brasil que agora está tudo bem e não há mais problemas.

Quem não tem problemas?

Apesar das críticas e problemas, muitos atletas e representantes de delegações manifestam apoio aos esforços feitos pelos responsáveis pela acomodação da família olímpica.

“Estamos aqui para apoiar o Brasil, que começou com algumas dificuldades, mas, quem não começa com dificuldades?”, questiona Mario Rosa de Almeida, chefe da delegação angolana. “Todos nós notamos que o Brasil nos últimos dias se encarreirou e está pronto para sediar os melhores Jogos Olímpicos. Nós da comunidade de língua portuguesa estamos aqui para apoiar no que for possível”, diz.

“Temos que procurar a crítica interna para ajudar. Não é preciso passar a imagem lá para fora de que tudo aqui está mal. Não é verdade. Todos aqui estão bem hospedados e bem tratados. Tiveram alguns problemas, mas quem não tem? O Brasil tem sabido cumprir suas obrigações no geral. O mais importante é que os brasileiros estão suscetíveis às críticas, estão a aceitar bem as críticas e, na medida do possível, quando são criticados, buscam soluções. Não é bom passar para fora a imagem de que isso aqui não vale nada. Não é verdade”, concluiu.

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