Camareira vai pedir indenização por danos morais no caso DSK
Os advogados de Nafissatou Diallo anunciaram que pretendem entrar com um processo civil contra Dominique Strauss-Kahn, solicitando uma indenização por perdas e danos após agressão da qual ela alega ter sido vítima. A camareira diz que nunca mais vai poder se recuperar dos efeitos emocionais da tentativa de estupro cometida pelo ex-chefe do Fundo Monetário Internacional.
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A camareira ainda não informou qual será o montante da indenização solicitada. No documento entregue à justiça norte-americana, ela pede apenas “perdas e danos em um valor a ser determinado durante o processo” para reparar os consequências físicas e morais.
Nafissatou Diallo se diz vítima de uma agressão “violenta, sádica e intencional, que a humilhou e feriu sua dignidade de mulher”. O documento, que pede a realização de um processo no tribunal do Bronx, também acusa Dominique Strauss-Kahn de ter agredido mulheres em “quartos de hotel do mundo inteiro”.
A decisão da camareira não é uma surpresa, pois seus advogados já haviam indicado que pretendiam lançar o pedido, independentemente do resultado do processo penal. Mas o anúncio foi alvo de novas críticas da parte da defesa do ex-chefe do FMI. Os advogados William Taylor e Benjamin Brafman disseram que desde o início da história sempre afirmaram que Nafissatou Diallo queria apenas ganhar dinheiro com o episódio.
Um possível processo civil poderia relançar o debate sobre a credibilidade de Dominique Strauss-Kahn, que foi liberado sob fiança em 1° de julho após a polícia ter constatado contradições no depoimento da camareira. Por enquanto o ex-chefe do FMI continua com seu passaporte confiscado e responde à acusações de agressão sexual que podem resultar em vários anos de prisão.
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