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Na Venezuela, 33 homens são presos durante festa LGBTQIA+ em clube particular

Uma festa em um clube particular da Venezuela, no domingo, terminou com a prisão de 33 homens da comunidade LGBTQIA+. Defensores de direitos humanos denunciam a “perseguição” e a “criminalização da homossexualidade no país. Os homens foram soltos após uma audiência nessa quarta-feira (26).

Manifestantes enrolados na bandeira LGBTQIA+ e na bandeira da Venezuela, durante protesto no México, em 2022.
Manifestantes enrolados na bandeira LGBTQIA+ e na bandeira da Venezuela, durante protesto no México, em 2022. AP - Isabel Mateos
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O caso aconteceu em Valência, na região central do país. De acordo com informações da imprensa local, foi feita uma operação policial para deter os participantes do que foi chamado de “festa sexual”. O evento acontecia dentro de clube privado.

Segundo a ONG Observatório de Violências LGBTQIA+, trinta homens foram soltos com obrigação de se apresentarem periodicamente à polícia. O dono da sauna em que acontecia a festa e dois massagistas devem apresentar fiadores para ganharem a liberdade.

Durante a audiência judicial, que aconteceu na quarta-feira, ativistas e familiares dos presos se reuniram em frente ao tribunal aos gritos de “Não é crime”. Os homens, segundo seus advogados, foram presos sem a existência de mandado policial.

'Me sinto impotente'

"Me sinto impotente, é uma dor. Se alguém pergunta, fazem piadas sobre nós, passam por cima de nossa dor. Precisamos que alguém dê um jeito nisso", protestou a tia de um dos acusados, Ambar Cuevas.

"Não havia nenhum tipo de delito", argumenta o ativista Eduardo Franco. "Foram detidos ilegalmente em um local privado, violando todos os seus direitos."

Após a prisão dos homens, circularam nas redes sociais fotografias, dados e telefones dos detidos. Para a ONG Anistia Internacional, este caso mostra que a comunidade LGBTQIA+ está sob ataques na Venezuela.

"33 pessoas são difamadas, 33 pessoas sem auxílio jurídico, 33 pessoas sofrendo campanhas de ódio, 33 pessoas presas arbitrariamente, 33 pessoas capturadas em um local gay, 33 pessoas que evidem a falta de liberdade, 33 pessoas acusadas de homossexualidade", publicou a ONG em suas redes sociais.

(Com AFP)

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