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Após África do Sul, Gâmbia abandona Tribunal Penal Internacional

A Gâmbia, país da África Ocidental, decidiu abandonar o Tribunal Penal Internacional (TPI), anunciou nesta terça-feira o ministro da Informação, Sheriff Bojang, seguindo os passos da África do Sul, que informou a mesma decisão na sexta-feira passada.

O presidente da Gâmbia, Yahya Jammeh
O presidente da Gâmbia, Yahya Jammeh Screen grab/The Gambia Enquirer
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"A partir de hoje, 24 de outubro de 2016, já não fazemos parte da TPI", declarou o ministro à TV estatal de Gâmbia.

Na semana passada, a África do Sul anunciou sua saída do tribunal de Haia, corte internacional que julga os supostos autores de genocídios, crimes contra a humanidade e crimes de guerra.

A saída, que será efetiva em um ano, constitui o primeiro precedente deste tipo na história do TPI.

"Há muitos países ocidentais, ao menos 30, que cometeram crimes de guerra contra Estados soberanos e seus cidadãos desde a criação da CPI, e nenhum criminoso de guerra ocidental foi imputado", disse Bojang.

Polêmica envolve presidente do Sudão

"A Gâmbia levou a União Europeia à CPI há um ano pelo genocídio de milhares de jovens africanos nas águas europeias e, desde então, não soubemos nada", acrescentou o ministro.

O centro da polêmica está na decisão das autoridades sul-africanas de permitir a participação do presidente sudanês, Omar al Bashir, em uma cúpula africana, ignorando a ordem de prisão internacional que pesa sobre ele.

A CPI acusa Omar al Bashir de crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio na região de Darfur. Desde sua criação, em 2003, a CPI investigou dez países, sendo nove africanos.

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