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África

Após crise política, Ali Bongo começa segundo mandato no Gabão

O presidente do Gabão, Ali Bongo, assumiu nesta terça-feira (27) um segundo mandato presidencial de sete anos em uma cerimônia de juramento realizada quatro dias depois da validação de sua reeleição pela Corte Constitucional.

O presidente do Gabão, Ali Bongo, em visita ao palácio do Eliseu, em Paris, em 2013.
O presidente do Gabão, Ali Bongo, em visita ao palácio do Eliseu, em Paris, em 2013. Pierre René-Worms/RFI
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"Juro consagrar todas as minhas forças ao bem do povo gabonês visando garantir seu bem-estar" e "respeitar e defender a Constituição e o Estado de direito", disse Ali Bongo Ondimaba, de 57 anos, com a mão esquerda apoiada na Constituição e a direita levantada em direção à bandeira de seu país.

Bongo jurou ante a presidente da Corte Constitucional, Marie-Madeleine Mborantsuo, que anteriormente havia lembrado a decisão dos nove juízes constitucionais de validar a eleição de Bongo com 50,66% dos votos (172.990 votos) contra Jean Ping (47,24%, 161.287).

No sábado, Ping voltou a se autoproclamar "presidente claramente eleito" do Gabão, sem se pronunciar sobre a convocação ao diálogo feita por Ali Bongo. Quatro chefes de Estado africanos, de Mali, Níger, Togo e São Tomé, e os primeiro-ministros de Senegal, Chade, Congo, República Centro-Africana e Marrocos compareceram à cerimônia.

No final de agosto, o anúncio de sua reeleição deflagrou uma violenta crise no país, com sangrentos confrontos e saques. A Corte Constitucional do Gabão validou, na madrugada de sábado, a reeleição do presidente Ondimba, não reconhecida pela oposição.

Distúrbios

Em sua sentença, a Corte modificou parcialmente os resultados da eleição de 27 de agosto, mas ressaltou que Bongo mantinha sua vantagem e estava reeleito com 50,7% dos votos, contra 47,2% de seu oponente e ex-membro do governo, Jean Ping.

O Tribunal indeferiu o pedido de Ping, que reivindicava a contagem dos votos especialmente na província de Haut-Ogooué, onde a missão de observação da União Europeia havia detectado "uma evidente anomalia", como declarou na época a chefe dessa delegação, Mariya Gabriel.

Os distúrbios que se seguiram ao anúncio da reeleição de Bongo levou o Conselho de Segurança das Nações Unidas a ressaltar sua "profunda preocupação", enquanto o papa Francisco pediu "o fim da violência e o respeito da legalidade". O presidente Ali Bongo governa o país desde 2009, seguindo o caminho de seu falecido pai, Omar Bongo, que se manteve no poder por 41 anos.

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