Parlamento da África do Sul analisa impeachment de presidente
O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, enfrenta nesta terça-feira (5) um pedido de impeachment no parlamento, a pedido da oposição que o acusa de ser um "câncer da política". Salvo surpresa, o pedido deve ser rejeitado porque o partido de Zuma, o Congresso Nacional Africano (ANC), tem maioria confortável na Assembleia.
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Na quinta-feira (31), a Corte Constitucional, maior instância da justiça sul-africana afirmou que Zuma violou a Constituição ao não ter reembolsado reformas em sua propriedade privada que não diziam respeito à segurança. Obras foram realizadas na piscina, em área para visitantes, e também em locais reservados para para animais.
A Aliança Democrática (DA), partido de oposição, entrou com um pedido de afastamento de Jacob Zuma, que está no poder desde 2009 e foi eleito para um segundo mandato até 2019. "Ao violar a Constituição, Zuma ameaça a estrutura da democracia sul-africana e não tem mais condições de exercer o cargo", de acordo com seus opositores.
Na sexta-feira (1), durante um raro pronunciamento à nação, Zuma admitiu a falha constitucional e atribuiu o erro a seus conselheiros jurídicos. Ele prometeu reembolsar os gastos em sua propriedade de Nkandla, leste do país, e afirmou que não vai renunciar.
Em setembro de 2015, o parlamento rejeitou o pedido de destituição feito pela oposição acusando Zuma de ter se recusado a prender o presidente sudanês Omar el-Bechir, durante uma visita ao país. Omar el-Bechir é procurado pelo Tribunal Penal Internacional por genocídio e crimes de guerra no Darfur.
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