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Autoridades marroquinas interceptam canoa com 130 imigrantes senegaleses

As autoridades marroquinas interceptaram uma grande canoa com 130 imigrantes senegaleses a bordo depois que ela encalhou no porto de Dakhla, no Saara Ocidental, disse uma fonte militar à mídia estatal. Enquanto isso, no Canal da Mancha, autoridades suspendem buscas e abrem inquérito sobre no naufrágio ocorrido no sábado (12).

Um migrante de origem africana é consolado por agente da guarda costeira.
Um migrante de origem africana é consolado por agente da guarda costeira. AFP - FETHI BELAID
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Pelo menos 253 migrantes de países da África subsaariana foram interceptados pelas autoridades desde 8 de agosto, de acordo com uma contagem da AFP compilada de fontes militares marroquinas. A agência oficial de notícias MAP citou a fonte militar dizendo que a última interceptação ocorreu no sábado (12).

A agência disse que membros de uma unidade de vigilância costeira interceptaram a canoa depois que ela encalhou em Dakhla "com 130 possíveis migrantes irregulares senegaleses a bordo, incluindo uma mulher".

As Ilhas Canárias da Espanha ficam a apenas cerca de 150 km da costa atlântica do sul do Marrocos. As travessias do Atlântico começaram a aumentar no final de 2019, depois que o aumento das patrulhas reduziu drasticamente as travessias do Mediterrâneo por migrantes em busca de uma vida melhor na Europa.

A rota migratória das Canárias experimentou um aumento acentuado de atividade nas últimas semanas. O MAP disse que a canoa interceptada no sábado "partiu da área de Fass Boye, perto de Thies, no Senegal, para as Ilhas Canárias".

Na sexta-feira (11), a marinha marroquina resgatou mais de 60 migrantes da África subsaariana quando seu barco entrou em dificuldades no Atlântico ao largo de Tarfaya, no sul.

Na terça-feira (8), mais de 50 migrantes foram interceptados na costa do Atlântico um dia depois que o MAP informou que a marinha recuperou os corpos de cinco pessoas e resgatou 189 depois que o barco onde estavam virou no Saara Ocidental.

O Marrocos geralmente envia migrantes interceptados do Senegal de volta ao seu país de origem. Pelo menos 13 senegaleses morreram em meados de julho quando seu barco afundou no Marrocos, segundo autoridades do Senegal.

Naufrágio no Canal da Mancha

Cerca de seis pessoas morreram e entre uma e duas estão desaparecidas na sequência do naufrágio de uma embarcação de migrantes no Canal da Mancha, entre a França e a Inglaterra. O incidente ocorreu na manhã de sábado, quando um barco que transportava entre 65 e 66 pessoas foi avistado, destas 59 pessoas foram resgatadas pelas autoridades francesas e britânicas. Foi identificada a presença de menores de idade na embarcação.

Les services de secours amènent des migrants au port de Dover, au Royaume-Uni, après les avoir sauvés d'un naufrage dans la Manche, le 12 août 2023.
Les services de secours amènent des migrants au port de Dover, au Royaume-Uni, après les avoir sauvés d'un naufrage dans la Manche, le 12 août 2023. © Stuart Brock / Reuters

Segundo o Departamento marítimo da Mancha e do Mar do Norte da França, os tripulantes identificados são originários do Afeganistão e do Sudão e partiram da região de Calais no norte de França com destino à Inglaterra. Segundo a agência de notícias AFP, os seis mortos eram todas de nacionalidade afegã.

As buscas foram suspensas ao final do dia de sábado, mas as autoridades instaram a todas as embarcações que naveguem pelo local a notificar ambos os países caso identifiquem algum corpo. Um inquérito foi aberto pela procuradoria de Boulogne-sur-Mer, por “homicídio culposo e ajuda à circulação de estrangeiros”. Esta investigação foi retomada pela procuradoria-geral de Paris, a mesma encarregada de investigar o naufrágio de Novembro de 2021 ao largo de Calais, no norte de França, que matou 27 pessoas.

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