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Ataque terrorista no Mali deixa mais de 130 civis mortos

O Mali sofreu uma nova carnificina no centro do país. Um ataque terrorista atingiu vários vilarejos ao redor do município de Diallassagou durante o fim de semana. Pelo menos 132 civis foram mortos, de acordo com um relatório oficial do governo anunciado na noite desta segunda-feira (20). Informações coletadas pela RFI de fontes de segurança e autoridades locais durante o dia mencionavam mais de uma centena de civis mortos.

Localização do vilarejo de Diallassagou, no Mali.
Localização do vilarejo de Diallassagou, no Mali. © RFI
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David Baché, correspondente da RFI no Mali

Os vilarejos atacados foram Diallassagou, Diamweli, Dessagou no sábado (18), e depois Ségué no domingo (19). De acordo com várias fontes locais e de segurança, os jihadistas apareceram por volta das 16h no sábado e não foram embora até o meio da noite, em cerca de uma centena de motocicletas com homens armados a bordo. 

Os combatentes em Ségué conseguiram conter o avanço dos terroristas e uma pessoa morreu nos confrontos. Mas foi nas outras aldeias da localidade de Diallassagou que os jihadistas cometeram terríveis massacres, sequestrando grupos de homens e executando-os em vários lugares ao redor da aldeia.  

Nas violências, os jihadistas atearam fogo ao mercado, casas, lojas e até veículos. Eles também roubaram gado. Centenas de aldeões fugiram, a maioria deles em direção a Bankass, a cerca de 40 km de distância. 

Um acordo de paz intercomunal local foi alcançado em fevereiro do ano passado em Diallassagou, que durante um tempo silenciou as armas e permitiu que as pessoas se movimentassem livremente.  

Vingança de jihadistas

O ataque de sábado não foi reivindicado, mas segundo várias fontes locais, os jihadistas da Macina Katiba, membros do Jnim, o Grupo de Apoio ao Islã e muçulmanos ligados à Aqmi teriam agido em retaliação. Eles culpam certos habitantes por terem quebrado este acordo local e por terem ajudado o exército do Mali e seus auxiliares russos a realizar operações recentes na área. 

Em um comunicado à imprensa, a ONU disse ter contatado as autoridades do país a fim de enviar uma missão de apoio para proteger os civis na área.

Outro ataque ocorreu nesta segunda-feira de manhã, ainda na região de Bandiagara. Desta vez os jihadistas visaram os caçadores tradicionais de Djiguibombo. De acordo com fontes de segurança, duas pessoas foram mortas. 

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