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Governo chinês usou redes sociais para tentar minar manifestantes em Hong Kong

Mesmo se Facebook e o Twitter foram banidos pelo regime de Pequim, o governo chinês lançou mão de uma estratégia baseada no uso destas redes sociais para tentar minar os manifestantes pró-democracia em Hong Kong. Quem avisou foram as próprias redes sociais, em um comunicado nesta segunda-feira (19).

Facebook e Twitter afirmam ter apagado mais de 1.000 perfis manipulados pelo governo chinês.
Facebook e Twitter afirmam ter apagado mais de 1.000 perfis manipulados pelo governo chinês. CC0 Pixabay/LoboStudioHamburg
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As autoridades chinesas utilizaram quase 1.000 contas no Twitter e algumas páginas do Facebook para desacreditar e dividir os manifestantes pró-democracia em Hong Kong, disseram as duas redes sociais nesta segunda-feira.

O Twitter suspendeu 986 contas, "coordenadas como parte de uma operação chinesa" para "minar a legitimidade e as posições políticas" dos manifestantes, disse a rede social em um post no blog.

"Nós identificamos grandes conjuntos de contas que se comportaram de maneira coordenada para amplificar as mensagens sobre os protestos em Hong Kong", disse o grupo da Califórnia.

O Facebook, informado pelo Twitter, disse por sua vez ter apagado, pelas mesmas razões, sete páginas, cinco contas e três grupos da rede social, também "relacionados a indivíduos associados ao governo de Pequim".

Banidos, pero no mucho

Não sem ironia, o Twitter lembra que foi banido da China continental pelo regime de Pequim, cujos agentes tiveram que usar uma VPN (uma rede virtual para contornar as restrições geográficas, por exemplo) para conseguirem movimentar as contas suspeitas. Outros avançaram menos mascarados usando endereços IP desbloqueados para a ocasião.

No total, o Twitter diz que suspendeu 200.000 contas antes de estarem realmente ativas na rede.

O Facebook - também proibido na China continental - disse que cerca de 15.500 contas seguiram uma ou mais das páginas agora removidas de sua plataforma.

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