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Com imagem internacional abalada, Huawei é símbolo de patriotismo na China

A empresa chinesa Huawei, líder mundial das telecomunicações e segunda maior fabricante de smartphones, está encoberta de escândalos – ela foi acusada de espionagem e de ter violado sanções americanas contra o Irã. No entanto, na China, a imagem da gigante da informática não poderia estar melhor. A Huawei é até motivo de orgulho para os chineses, que mostram seu apreço pela marca numa canção que virou “hit” no país.

Huawei é motivo de orgulho entre os chineses
Huawei é motivo de orgulho entre os chineses REUTERS/Thomas Peter
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Simon Leplâtre, correspondente da RFI em Xangai

A música, cantada por um coro infantil, viralizou nas redes sociais chinesas desde a quarta-feira (27). O governo chinês não hesitou em compartilhar o vídeo, se assegurando de que a mensagem de patriotismo fosse bem difundida entre a população.

“Qual é o telefone mais bonito do mundo? Todos dizem que é o Huawei. A bateria dura mais, são mais belos, os chips chineses são os mais preciosos”, diz a letra. O refrão fica na cabeça: “Huawei é bom, Huawei é bonito”.

Orgulho nacional contra imperialismo americano

O serviço de comunicação da empresa logo disse que não era responsável pela criação da obra musical – o que pode ser compreensível tendo em vista as tentativas recentes da Huawei de se distanciar do governo da China. Entretanto, a mente por trás da canção sugere que se trata de uma iniciativa de propaganda oficial: Li Yourong é um célebre compositor do Exército chinês.

Como mostra a canção, a Huawei é grande motivo de orgulho nacional. Isso fica visível nas conversas dos chineses, onde a empresa é apontada como exemplo do sucesso do país. Cada vez que a multinacional ganha mais espaço, o ego nacional aumenta. O conflito econômico com os Estados Unidos e a prisão da filha do fundador e diretora financeira da marca, Meng Wanzhou, se tornaram uma representação da tentativa dos americanos de impedir o crescimento chinês.

Extradição de Meng Wenzhou

O Departamento de Justiça canadense iniciou, nesta sexta-feira (1), o processo de extradição de Meng Wenzhou para os Estados Unidos, onde ela é acusada de violar sanções ao Irã. A decisão, segundo comunicado do órgão, "segue uma revisão minuciosa das provas do caso", consideradas "suficientes" para levar o caso a um juiz de extradição.

Meng deve comparecer aos tribunais em 6 de março, quando a Procuradoria vai apresentar as provas contra ela e "justificativas detalhadas" para sua extradição. Ao fim do processo, o procurador-geral ainda terá a decisão final sobre entregá-la ou não às autoridades americanas.

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