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Xi Jinping chega a Portugal para reforçar laços econômicos com o país

O presidente chinês, Xi Jinping, chegou ao Portugal nesta terça-feira (4) para reforçar os laços econômicos entre Pequim e Lisboa, após a crise financeira que afetou o país europeu, onde o capital da China tem um papel importante. A visita vai durar dois dias e começa com uma reunião com o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa.

O presidente chinês, Xi Jinping, inicia hoje uma visita de dois dias a Portugal para reforçar os laços econômicos entre os dois paises.
O presidente chinês, Xi Jinping, inicia hoje uma visita de dois dias a Portugal para reforçar os laços econômicos entre os dois paises. JUAN MABROMATA / AFP
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Na quarta-feira (5), vários acordos de cooperação devem ser assinados, incluindo um texto sobre a integração do porto português de Sines com as "novas rotas da seda". "Portugal é um importante ponto de conexão entre a Rota da Seda terrestre e a Rota da Seda marítima", destacou o presidente Xi Jinping em um artigo publicado no domingo (2) na imprensa lusitana, em referência ao conjunto de projetos de infraestrutura para desenvolver as relações comerciais da China na Ásia, Europa e África.

O plano provoca divisão entre os europeus. Alguns países aderiram, como a Grécia e várias nações do leste do continente, enquanto outros temem que o regime comunista amplie sua influência para o oeste.

A pedido de França e Alemanha, os países da União Europeia (UE) debateram na semana passada um marco de controle dos investimentos estrangeiros, principalmente chineses. "Nunca fomos muito favoráveis. Felizmente, a versão final deste acordo não prevê nenhum direito de veto", admitiu o primeiro-ministro português, Antonio Costa.

"Em Portugal, não estamos preocupados com a origem do investimento estrangeiro", completou, antes de advertir que a "UE não deve tomar o caminho do protecionismo para regular a globalização".

Afetado pela crise da dívida da Eurozona, Portugal obteve em 2011 um empréstimo de € 78 bilhões da UE e do FMI, em troca de severas medidas de austeridade orçamentária e um amplo programa de privatizações que abriu as portas para os primeiros investimentos da China.

Desde então, o país recebeu quase € 6 bilhões de capital da China, que hoje domina a maior empresa portuguesa de ativos, o grupo Energias de Portugal (EDP), o maior banco privado do país, BCP, a principal seguradora, Fidelidade, e a gestora da rede elétrica, REN.

Reações positivas

“Essas parcerias deram bons resultados”, assegurou o presidente da agência de promoção de investimento e de exportações portuguesas, Luis Castro Henriques. Ele também felicitou o fato de que a China passou do 28° para o 11° lugar na lista de parceiros comerciais de Portugal em menos de dez anos.

Para um país em crise como Portugal, a “China foi uma fonte de crédito de último recurso”, explicou à AFP Yu Jie, pesquisadora do Centro de reflexão de Londres Chatham House. “Mas é preciso analisar os investimentos chineses na Europa com calma. Alguns são estratégicos, outros são apenas busca por rentabilidade”.

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