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Coreia do Norte/Japão

Coreia do Norte lança novo míssil e Japão denuncia ameaça a sua segurança

Em um teste balístico, as forças navais da Coreia do Norte lançaram nesta quarta-feira (24) um míssil a partir de um submarino em pleno Mar do Japão. Esta é a primeira vez que um projétil deste tipo entra na zona de identificação de defesa aérea japonesa.

Foto de arquivo de um teste de míssil balístico, lançado de um submarino na Coreia do Norte.
Foto de arquivo de um teste de míssil balístico, lançado de um submarino na Coreia do Norte. KCNA/File Photo via REUTERS
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O governo da Coreia do Sul confirmou o episódio. Segundo a nota de Seul, o míssil percorreu 500 km, o que representa um grande progresso em relação aos testes precedentes. A distância percorrida é ao menos 15 vezes maior que o de tiros anteriores. O teste foi considerado pelos especialistas sul-coreanos como um "sério desafio" à segurança da região.

O míssil, provavelmente do tipo KN-11, sobrevoou o Mar do Japão, onde caiu a pouco menos de 500 km de distância da costa norte-coreana, informou o exército dos Estados Unidos.

Japão e Estados Unidos denunciam uma provocação

O Japão e os Estados Unidos classificaram o lançamento de ato "imprudente" e "provocação". O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, confirmou que esta é a primeira vez que um projétil deste tipo "entra na zona de identificação de defesa aérea" do Japão. Para ele, o disparo constitui "uma grave ameaça à segurança do Japão". Abe também afirmou que é "um ato irresponsável que não pode ser tolerado", de acordo com a agência de notícias Jiji.

O tiro ocorre no momento em que a Coreia do Sul e os Estados Unidos realizam amplas manobras militares conjuntas, classificadas por Washington e por Seul como "defensivas". Os exercícios, que simulam a reação a uma invasão de tropas norte-coreanas, mobilizam 50 mil soldados sul-coreanos e 25 mil americanos.

Pyongyang considera essas manobras um sinal de hostilidade. O ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte chamou os exercícios de "ato imperdoável" e advertiu que, em caso de violação da soberania do país, poderia realizar ataques nucleares em represália.

Depois de meses de disparos de mísseis norte-coreanos e após o quarto teste nuclear do país em janeiro, alguns especialistas consideram que as relações entre as duas Coreias passam pelo momento de maior tensão desde a década de 1970.

(Com informações da AFP)
 

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