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EUA/ Rússia

Milionário próximo de Putin é encontrado morto nos EUA

O ex-ministro das Comunicações da Rússia Mikhail Lesin, milionário e empresário próximo ao presidente russo Vladimir Putin, foi encontrado morto em um hotel de Washington, nos Estados Unidos. A morte está sendo investigada pelos dois países.

Magnata russo Mikhail Lesin ajudou Putin a fundar canal RT (ex-Russia Today).
Magnata russo Mikhail Lesin ajudou Putin a fundar canal RT (ex-Russia Today). REUTERS/Alexander Natruskin/Files
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Lesin foi achado sem vida na tarde de quinta-feira (5), no hotel The Dupont Circle, mas a polícia americana só divulgou a notícia neste sábado (7). A morte está sendo investigada e, até o momento, a causa do óbito não foi informada. A polícia apenas declarou que “uma autópsia foi feita” no corpo do homem. As autoridades americanas relataram o fato à embaixada russa em Washington.

Putin exprime condolências

Mikhail Lesin, que ocupou a pasta das Comunicações (1999-2004), era acusado pela oposição de ter controlado e censurado a imprensa na Rússia. O presidente russo, Vladimir Putin, expressou suas condolências aos familiares do ex-ministro, informou o serviço de imprensa do Kremlin.

"O presidente aprecia a enorme contribuição de Mikhail Lesin na fundação da imprensa contemporânea russa", declarou a jornalistas o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov.

"Lesin morreu. É impossível acreditar", escreveu em sua conta do Twitter Margarita Simonian, chefe de redação da rede de televisão pública RT, que o ex-ministro ajudou a fundar. A RT informou que Lesin tinha 57 anos e morreu de um ataque cardíaco.

Pedido de investigação nos Estados Unidos

O senador republicano do estado do Mississippi (sul) Roger Wicker havia pedido em julho de 2014 uma investigação federal sobre Mikhail Lesin, por suspeitas de lavagem de dinheiro nos Estados Unidos e de estar em contato com pessoas que são alvo de sanções por parte das autoridades americanas. A morte ocorre em um momento de relações especialmente tensas entre Moscou e Washington.

O ex-ministro foi assessor de Putin na criação da emissora Russia Today, que depois se transformou na sigla RT. A emissora de televisão emite programas em russo, inglês, espanhol e árabe, com o objetivo de “propor um ponto de vista alternativo sobre todos os grandes acontecimentos do mundo”, com “um ponto de vista russo”. Ele também foi diretor da companhia Gazprom, uma gigante russa no setor de energia, cargo do qual pediu demissão há um ano, evocando razões familiares.

 

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