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Coreia/Guerra

Coreias promovem novo encontro de famílias separadas pela guerra

Cerca de 250 sul-coreanos, a maioria idosos, entraram neste sábado (24) na Coreia do Norte para se reunir com parentes que não viam há mais de 60 anos. Esse é o terceiro encontro do gênero, que só foi possível graças a um acordo assinado entre as duas Coreias em agosto passado. Milhares de coreanos estão inscritos na lista para reverem seus familiares.

Algumas das famílias coreanas que se reencontraram praticamene não se conheciam.
Algumas das famílias coreanas que se reencontraram praticamene não se conheciam. REUTERS/KOREA POOL/Yonhap
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O grupo de sul-coreanos viajou para o norte após o término, na quinta-feira (22), de uma reunião semelhante entre centenas de coreanos de ambos os lados, reunidos por três dias em um hotel do monte norte-coreano de Kumgang. As famílias se encontram com seus parentes de sábado a segunda-feira. Os sul-coreanos viajaram carregados de presentes como roupas, relógios, medicamentos, alimentos e até dinheiro.

O encontro que terminou na quinta-feira foi apenas o segundo do tipo em cinco anos e foi possível graças a um acordo entre Seul e Pyongyang, com o objetivo de reduzir a tensão na península. Para dar o sinal verde, os norte-coreanos exigiram a suspensão de exercícios militares entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos.

O encontro, no entanto, é fortemente vigiado pelas autoridades norte-coreanas, e os contatos se limitam a seis sessões de duas horas cada, algumas em particular e outras em um grande salão, diante das câmeras de televisão.

Guerra separou milhares de famílias

Atualmente, mais de 65 mil sul-coreanos estão em listas de espera para poder se reunir com seus entes do lado norte-coreano, de quem foram separados pela Guerra da Coreia (1950-1953).

Como o conflito terminou sem um tratado de paz, Seul e Pyongyang continuam tecnicamente em estado de guerra e as trocas de correspondências ou telefonemas são proibidos entre os dois lados. Grande parte dos sul-coreanos da geração que viveu essa separação morreram sem poder rever ou ter qualquer contato com seus familiares que ficaram no norte.

(Com informações da AFP)
 

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