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AIDS/tratamento

Cientistas anunciam cura de criança portadora do HIV

Exatamente trinta anos depois da descoberta do HIV, a esperança na luta contra a AIDS continua mais viva do que nunca. Uma criança contaminada pelo vírus da AIDS estaria completamente curada. A notícia é considerada como o principal anúncio da 20ª edição da conferência sobre o retrovírus. O evento acontece esta semana em Atlanta, nos EUA. Alguns cientistas festejam a novidade, enquanto outros continuam prudentes.

Marcha de estudantes tailandeses contra a AIDS, em dezembro de 2012.
Marcha de estudantes tailandeses contra a AIDS, em dezembro de 2012. Reuters/Chaiwat Subprasom
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Uma menina americana de dois anos e meio, contaminada pelo vírus da AIDS desde o nascimento, não apresenta nenhum vestígio do vírus atualmente. A história começa em Baltimore, nos Estados Unidos, três anos atrás. Os médicos descobrem que a mãe, portadora do vírus, não foi tratada e que os riscos de contaminação da menina estavam muito elevados.

A equipe de especialistas da Universidade de Johns Hopkins, de Baltimore, decidem iniciar um tratamento com o bebê desde a sua trigésima hora de vida, à base de três medicamentos conhecidos como antirretrovirais. Três semanas depois, o vírus não foi mais detectado.

Inúmeros exames foram repetidos na época para provar a eficácia do tratamento intensivo inicial. O mais surpreendente: a criança, 33 meses mais tarde, sem nenhum tratamento específico durante todo esse tempo, realizou novos exames de sangue e testes ultrassofisiticados, que não detectaram nenhum vestígio do HIV.

Alguns especialistas, mais céticos, preferem dizer que a criança talvez nunca tenha sido infectada. A médica Débora Persaud, da Universidade Johns Hopkins de Baltimore, prefere classificar o fenômeno como "cura funcional".

Segundo ela, o vírus não seria mais detectável, mas também não estaria completamente eliminado. A médica pensa que o tratamento intensivo administrado desde as primeiras horas de vida do bebê teria evitado que o vírus se instalasse.

A equipe de Baltimore pretende agora avaliar essa estratégia de tratamento intensivo em outros recém-nascidos para confirmar o resultado, que traria esperança para milhões de pessoas em todo o planeta.

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