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Tiananmen/repressão

Mundo lembra massacre da praça Tiananmen

Centenas de milhares de pessoas se reuniram neste sábado em Hong Kong para lembrar o 22° aniversário da repressão sangrenta aos protestos na praça de Tiananmen, em 1989. O número de mortos nunca será conhecido, mas estima-se que milhares de manifestantes tenham sido assassinados, no mais importante movimento de contestação contra o regime chinês.

Um cartaz em Hong Kong que lembra a repressão contra os estudantes emTiananmen, em 4 junho de 2009.
Um cartaz em Hong Kong que lembra a repressão contra os estudantes emTiananmen, em 4 junho de 2009. ( Photo : Reuters )
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Em Hong Kong, uma multidão de pessoas, vestidas de preto, invadiu o parque Vitória, na única cerimônia comemorativa organizada na China. Elas acenderam velas e interpretaram canções solenes em homenagem às vítimas. De acordo com os organizadores, a homenagem contou com 150 mil participantes. Wang Dan, um dos líderes do movimento, e Ding Zilin, porta-voz da Associação de Mães de Tiananmen, que reúne as famílias das vítimas, enviaram mensagens por vídeo. O território de Hong Kong, que foi devolvido para o governo chinês em 1997, beneficia de uma legislação diferente, que autoriza manifestações políticas.

Mesmo em Pequim, onde ocorreu o massacre e o assunto continua sendo tabu, milhares de turistas, chineses e estrangeiros, se reuniram na praça da capital. Mas a maioria da população evitou fazer qualquer comentário sobre o que ocorreu na noite de 4 de junho em Pequim, quando o partido comunista enviou tanques de guerra para reprimir o movimento de sete semanas a favor da democracia, qualificado pelo governo chinês de ‘revolta contra-revolucionária.’ A imagem do jovem estudante chinês, tentando impedir uma linha tanques de avançar, entrou para a história.

Governo chinês teme contágio das revoluções no mundo árabe

Desde o início dos movimentos de contestação no mundo árabe, dissidentes politicos, advogados ou militantes de direitos humanos foram detidos ou tiveram a prisão residencial decretada, por precaução. O governo chinês teme que os protestos tenham repercussão direta no país. De acordo com associações de direitos humanos, as medidas são semelhantes à política de repressão adotada depois dos protestos em Tiananmen.

Nesta quinta-feira, o governo chinês se defendeu, dizendo que "nunca os direitos humanos foram tão respeitados na China como hoje em dia."Em relação à repressão na praça Tiananmen, o porta-voz do governo respondeu que a "China não iria rever história e questionar problemas políticos do século passado." A secretária de estado americana, Hillary Clinton, pediu nesta sexta-feira que o governo chinês publique os nomes dos desaparecidos e pessoas que morreram na repressão às manifestações.

 

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