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França

Black blocs se mobilizam para ações durante visita de Trump a Paris

A possível ação de black blocs nos eventos de comemoração do centenário do fim da Primeira Guerra Mundial, no domingo (11), em Paris, preocupa as autoridades francesas. De acordo com informações secretas obtidas pela imprensa, militantes radicais estariam planejando invadir uma manifestação na capital contra o presidente americano, Donald Trump.

Black Blocs enfrentam a polícia francesa, durante o desfile do Dia do Trabalhador, em 1° de maio de 2018.
Black Blocs enfrentam a polícia francesa, durante o desfile do Dia do Trabalhador, em 1° de maio de 2018. REUTERS/Philippe Wojazer
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A revelação foi feita nesta sexta-feira (9) pelo jornal Aujourd'hui en France/Le Parisien, que teve acesso a documentos confidenciais dos serviços de inteligência franceses. Segundo a matéria, a vinda de Trump à Paris mobilizou black blocs que poderiam agir durante as comemorações e eventos paralelos do 11 de Novembro.

"Se a manifestação na Praça da República for autorizada, de 200 a 400 elementos potencialmente violentos poderiam tentar, através de uma ação selvagem, tentar chegar à região da embaixada dos Estados Unidos, do Palácio do Eliseu e da Grande Halle de la Villette, onde será realizada a primeira edição do Fórum de Paris sobre a Paz", diz a nota secreta à qual Aujourd'hui en France/Le Parisien teve acesso.

De acordo com o documento, milhares de pessoas são esperadas para a manifestação contra Trump na Praça da República. Para a cerimônia do 11 de Novembro, 72 chefes de Estado e 98 delegações estrangeiras estarão na capital francesa a convite do presidente francês, Emmanuel Macron.

Celebração do "fim da carnificina ao lado dos açougueiros"

No site Paris-luttes.info, anticapitalistas radicais fazem um apelo pela adesão da população ao protesto na Praça da República no domingo. "A vinda de Donald Trump a Paris é uma ofensa a todas as vítimas de sua política", diz o texto. "Convidamos, então, à mobilização contra essa palhaçada de celebração do fim da carnificina ao lado dos açougueiros de hoje, em memória dos milhões de mortos, feridos e desaparecidos", reitera.

Esses militantes, que se definem como "autônomos e revolucionários", sugerem aos manifestantes de "invadirem o protesto", a exemplo do que aconteceu no último Dia do Trabalhador em Paris, quando 1.200 membros da extrema esquerda invadiram a marcha organizada pelos sindicatos. No total, 31 lojas foram vandalizadas e 16 veículos foram incendiados.

Reforço do dispositivo de segurança

Cerca de 10 mil policiais foram mobilizados para os eventos do fim de semana relativos ao centenário do fim da Primeira Guerra Mundial. O ministro francês do Interior, Christophe Castaner, se disse "sereno e confiante", lembrando que o dispositivo mobilizado realizará uma forte vigilância diante do "risco de terrorismo" e de ações de "facções radicais".

De acordo com Aujourd'hui en France/Le Parisien, vários serviços dentro da segurança foram convocados devido ao risco de violências no fim de semana. Até mesmo policiais que folgavam ou estavam de férias neste sábado (10) e domingo (11) estão mobilizados. "O clima será tenso", disse um policial ao diário.

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