Incêndios destróem 3.000 hectares de florestas no sudeste da França
O que os bombeiros temiam, aconteceu. A seca no sul da França provocou uma série de incêndios desde a segunda-feira (24), mobilizando um grande número de homens e aviões especiais de combate ao fogo.
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Na Ilha da Córsega, nos Alpes Marítimos, nos departamentos do Var de de Vaucluse, onde 800 hectares de floresta queimaram no parque natural de Lubéron, o drama dos incêndios continua. As chamas chegaram a ameaçar até o vilarejo de Mirabeau, onde um bairro inteiro teve que ser esvaziado.
A situação está tão grave que a França pediu emprestado à União Europeia dois aviões Canadair, especiais para apagar incêndios, para apoiar as operações.
Os meios utilizados para combater as chamas são relevantes: 19 aviões bombardeiros de água (dos quais 10 Canadair), e mais de 2.000 bombeiros, cujo trabalho é dificultado pelos ventos violentos e pela seca.
De acordo com um balanço provisório fornecido pelas autoridades, as chamas devastaram 1.500 hectares no norte da Córsega, 400 hectares em Croix-Valmer, 300 perto de Saint-Maximin (Var) e 80 hectares em Carros (Alpes Marítimos).
Quatro bombeiros ficaram feridos combatendo as chamas em Var, segundo a imprensa local, e 15 policiais foram intoxicados pela fumaça na Córsega, informaram fontes policiais.
O sudeste da França sofre uma severa seca há várias semanas, e os ventos fortes aumentam o risco de uma rápida propagação do incêndio. Em Saint-Cannat, na região de Marselha, as chamas destruíram 800 hectares, provavelmente por causa de uma ponta de cigarro. A displicência humana é causadora frequente de incêndios florestais, desde pontas de cigarro até churrascos mal apagados.
França, Espanha, Itália e Portugal costumam ser palco de tragédias ligadas ao fogo nesta época do ano.
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