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França

Sede luxuosa do Partido Socialista em Paris poderia ser vendida após derrota eleitoral

Os internautas franceses já têm uma solução para o Partido Socialista (PS), caso a legenda se veja atolada em dívidas no encerramento do ciclo eleitoral de 2017: vender a luxuosa sede do partido, no 7° distrito de Paris, próxima da Assembleia Nacional. O edifício, de 3.000 metros quadrados, tem valor estimado em € 53 milhões, cerca de R$ 196 milhões.

Sede do Partido Socialista em Paris, na rua de Solférino, no 7° distrito da capital.
Sede do Partido Socialista em Paris, na rua de Solférino, no 7° distrito da capital. wikipedia
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A baixa votação nos candidatos socialistas no primeiro turno das eleições legislativas francesas, no último domingo (11), virou motivo de chacota na internet. Nas redes sociais, internautas publicaram imagens da sede histórica do PS, situada na rua de Solférino, uma travessa da refinada avenida Saint-Germain-des-Près, com a placa "à venda".

A direção da sigla ainda não tomou essa decisão radical, mas a imprensa fez os cálculos e afirma que o PS se verá em sérias dificuldades financeiras quando o ciclo eleitoral de 2017 for concluído, ou seja, após a eleição senatorial prevista em 24 de setembro.

Segundo projeções do segundo turno das legislativas para renovação da Assembleia, o PS, que mantinha 284 deputados na Casa, deve conservar no domingo (18) de 15 a 40 cadeiras. A essa impiedosa derrota política, os socialistas terão de adicionar a supressão de uma importante fatia do financiamento público eleitoral garantido pelo Estado. Uma estimativa feita pelo jornal Le Monde aponta uma perda para o partido de € 17 milhões, cerca de R$ 63 milhões, em 2018.

Socialistas recebiam maior fatia da ajuda pública

Desde as eleições legislativas de 2012 e senatoriais de 2014, os socialistas tornaram-se os principais beneficiários do financiamento público destinado aos partidos políticos franceses. Ao adicionar as duas frações de ajuda previstas na lei de 11 de março de 1988, o montante global recebido pelo PS atingiu € 63 milhões, o equivalente a R$ 234 milhões.

Com a derrota anunciada no segundo turno das legislativas e provavelmente nas senatoriais, o rombo no caixa será inevitável. Além das despesas de manutenção, os gastos empenhados pelos candidatos na campanha ainda não foi quitado. Alguns parlamentares destacam que a situação só não é pior porque o partido não teria dívidas. Outros estão preocupados com o destino dos 130 empregados da sede.

No final de maio, em entrevista à rádio France Inter, o secretário-geral da sigla, Jean-Christophe Cambadélis, derrotado no primeiro turno após 29 anos passados na Assembleia Nacional, admitiu que a eventual venda da sede do partido não estava descartada. "A partir do momento em que for preciso mudar, pode ser necessário mudar tudo", afirmou Cambadélis na época.

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