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Imprensa / Desemprego

Impostos e taxa de desemprego batem recorde na França

A taxa recorde de impostos e de desemprego na França são destaques nos principais jornais franceses desta sexta-feira (4). Os jornais Le Figaro e Les Echos trazem nas suas capas manchetes quase idênticas, que tratam do recorde da taxa de impostos e do índice de desemprego na França. 

Jovens estão entre os mais afetados pelo desemprego
Jovens estão entre os mais afetados pelo desemprego REUTERS/Charles Platiau/Files
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Segundo o Le Figaro, o país se destaca negativamente entre as nações ocidentais pela  alta constante desde 2012 dessas taxas.A reportagem afirma que o desemprego subiu mais uma vez no terceiro trismestre de 2015, chegando a 10,6% da população economicamente ativa, a taxa mais alta desde o fim de 1997. Uma situação, segundo o jornal, que vai na contramão do que acontece nos outros países europeus, cujo índice de desemprego vem diminuindo há três anos.

Apesar da multiplicação de ajudas à contratação, a situação dos jovens não melhora. As pessoas entre 15 e 24 anos registram a menor taxa de emprego da história do país. Já os impostos obrigatórios, segundo o Le Figaro, não param de aumentar desde 2009 e colocam a França em segundo lugar entre os países com mais impostos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, abaixo apenas da Dinamarca.

Um relatório dessa organização mostrou que os impostos de 2014 corresponderam a 45,2% do PIB francês, contra 45% em 2012. O jornal compara a situação com a vizinha Alemanha, onde os impostos caíram de 36,5% em 2013 para 36,1 % em 2014. A reportagem diz, que diferentemente da França, o governo alemão taxa mais sobre os salários e o consumo e menos sobre o lucro da empresa e as cotizações sociais. Na França, as cotizações sociais representam 40% das receitas fiscais.

Balde de água fria

O jornal econômico Les Echos diz que, a duas semanas das eleições regionais, a alta do desemprego é um balde de água fria para o governo e o partido socialista. A situação é ainda pior porque o Instituto Nacional de Estatísticas e de Estudos Econômicos havia anunciado que o índice se manteria estável até o fim do ano.

O diário francês informa que o desemprego atinge com força as mulheres entre 25 e 49 anos. A explicação seria que essas mulheres, que antes eram donas de casa, resolveram procurar trabalho devido à situação de crise econômica.

Segundo a publicação foi esse foi um dos elementos usados pelo ministro da economia, Michel Sapin, para explicar e relativizar o mau resultado da taxa de desemprego. Ele também disse que o crescimento nulo no segundo trimestre pode ter tido um efeito retardado.

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