França realiza segundo bombardeio contra grupo EI na Síria após atentados
Pela segunda vez depois dos atentados de sexta-feira (13) em Paris, a França bombardeou na madrugada desta terça-feira (17) alvos na cidade síria de Raqqa, considerada a capital do grupo Estado Islâmico na Síria. A operação foi realizada por 10 aviões de caça franceses, que decolaram de bases na Jordânia e nos Emirados Árabes Unidos.
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Os caças franceses lançaram 16 bombas sobre um centro de comando e um campo de treinamento de combatentes do grupo Estado Islâmico em Raqqa. O ministério da Defesa não divulgou até agora nenhum balanço sobre esses ataques.
No domingo (15), a França lançou 20 bombas sobre o reduto dos jihadistas nesta cidade do leste da Síria, uma operação que envolveu 12 aeronaves. Um centro de comando e um campo de treinamento foram destruídos, de acordo com o ministério da Defesa francês.
Coalizão poderá contar com a Rússia
O presidente francês, François Hollande, vai a Washington e a Moscou na próxima semana discutir com os presidentes Barack Obama e Vladimir Putin a formação de uma coalizão única de combate ao grupo Estado Islâmico. O anúncio foi feito nesta manhã pelo primeiro-ministro Manuel Valls.
Além disso, Hollande se reuniu hoje com o secretário de Estado americano, John Kerry, no Palácio do Eliseu. Eles conversaram sobre o apoio dos Estados Unidos à iniciativa e medidas para incrementar a troca de informações militares e de inteligência entre a França e os Estados Unidos.
Na saída do encontro, Kerry declarou que a pressão da coalizão sobre o grupo Estado Islâmico nas últimas semanas já começa a mostrar resultados, especialmente com a perda de alguns territórios. "Pouco a pouco vamos acabar com eles, estou confiante de que conseguiremos", reiterou.
A França pediu também pediu hoje à União Europeia um reforço da participação militar do bloco em várias frentes de operação no exterior, principalmente no Iraque e na Síria.
Prolongação do estado de emergência
O Parlamento francês vai examinar na quinta-feira (19) e sexta-feira (20) o projeto de lei prolongando o estado de emergência por três meses no país. A proposta não tem unanimidade entre os parlamentares da oposição. Eles evocam um alto risco de violação das liberdades individuais.
Ontem, o presidente François Hollande anunciou uma série de medidas para lutar contra o terrorismo e destruir o grupo Estado Islâmico na Síria. Algumas medidas exigem uma reforma constitucional, que será submetida a plebiscito, esclareceu hoje o premiê Manuel Valls.
O presidente propôs ainda retirar a nacionalidade francesa daqueles que se radicalizam e possuem dupla nacionalidade. Hollande anunciou igualmente a criação de 8.500 postos de trabalho na polícia, no controle de fronteiras e na justiça para reforçar a proteção dos franceses.
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