França se diz pronta para "satisfazer" a demanda libanesa de armamentos
A França está pronta para fornecer os equipamentos militares necessários para a modernização do exército libanês, segundo a declaração feita na noite deste domingo pelo presidente francês, François Hollande, que encerra nesta segunda-feira a sua visita oficial à Arábia Saudita.
Publicado em: Modificado em:
"O que eu sei, é que a França há muito tempo, mas também recentemente, equipa o exército libanês e saberá responder a todas as solicitações que lhe forem feitas", garantiu Hollande em uma coletiva de imprensa. Pouco antes, o presidente do Líbano, Michel Sleimane, havia anunciado um investimento da Arábia Saudita de 3 bilhões de dólares para reequipar o exército libanês e acrescentou que os novos armamentos viriam da França.
"As armas serão compradas da França o mais rápido possível, tendo em vista as relações históricas que ela tem com o Líbano e a estreita cooperação militar entre os dois países", revelou Sleimane, em um discurso transmitido pelos canais de televisão libaneses neste domingo.
Essa ajuda financeira, a mais importante já recebida pelo mal equipado exército do país, revela a intenção dos sauditas em ajudar o governo libanês a conter o conflito na vizinha Síria e a influência do movimento armado xiita Hezbollah, apoiado pelo Irã e pelo regime do presidente sírio, Bashar al-Assad. França e a Arábia Saudita sunita têm uma preocupação comum: as interferências iranianas nos assustos árabes e principalmente no Líbano, onde elas acontecem via Hezbollah.
Na sexta-feira, um atentado em Beirute provocou a morte de Mohamed Chatah, ex-ministro das Finanças libanês e aliado político do ex-primeiro ministro libanês, Saad Hariri. Hariri, cujo pai foi morto em um atentado na capital em 2005, acusa o Hezbollah de estar por trás do assassinato de Chatah.
Visita oficial
Depois de ser recebido pelo rei Abdallah, Hollande se encontrou no domingo na Arábia Saudita com o ex-primeiro ministro libanês. Entre os assuntos que devem ser discutidos ao longo da estadia de Hollande em Riade, estão o atentado que provocou a morte de Chatah, a escalada de violência no Egito e a crise na Síria. Hollande encontrou também na mesma data o chefe da oposição síria, Ahmed Jarba. A França quer convencer a Coalizão Nacional Síria (CNS) a comparecer à conferência internacional de paz para a o país, prevista para acontecer no próximo mês de janeiro em Genebra, na Suíça.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro