Strauss-Kahn vai processar revistas que publicaram fotos de nova companheira

O ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn e uma mulher apresentada como sua nova companheira vão processar três revistas francesas (VSD, Closer e Voici) que publicaram fotos do casal, de acordo com seus advogados. DSK, como é conhecido na França, é acusado de agressão sexual por uma camareira de um hotel em Nova York.

O ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn. REUTERS/Gonzalo Fuentes/Files

Segundo o advogado do economista, os meios de comunicação "comercializam a vida privada dos outros". "O tratamento dado a ele equivale a uma caça ao homem, é insuportável", acrescentou o advogado. 

As revistas envolvidas publicaram várias fotos de Strauss-Kahn abraçando uma mulher que se chamaria Myriam, "de 40 anos, solteira e que ocupa um cargo de responsabilidade em uma grande rede de televisão". O advogado dela, Laurent Jourdan, afirma que sua cliente também dará queixa na justiça contra as revistas pelos "prejuízos consideráveis" causados à sua imagem.

Recentemente, em uma entrevista ao jornal Parisien/Aujourd''hui en France, a esposa de DSK, Anne Sinclair, confirmou de maneira implícita que o casal havia se separado. Depois dos sucessivos escândalos envolvendo a vida sexual de DSK, Sinclair, que é jornalista, retomou a carreira e atualmente é diretora-editorial da versão francesa do site de notícias Huffington Post.

DSK renunciou ao cargo no FMI em 18 de maio de 2011, quatro dias depois de uma funcionária do hotel Sofitel de Nova York, Nafissatou Diallo, acusá-lo de agressão sexual. O incidente acabou com as ambições de Strauss-Kahn de disputar a presidência francesa. Na época, ele era considerado favorito para ser o candidato socialista. A justiça de Nova York arquivou o caso, mas Nafissatou Diallo entrou com uma ação civil, que está em curso.

Na França, DSK foi acusado de lenocínio, crime que consiste em favorecer a prostituição, no caso que ficou conhecido como o do Hotel Carlton de Lille, cidade do norte da França.