Governo francês proíbe romenos de pedir esmola no Champs Elysées
O governo francês decidiu radicalizar com os jovens romenos que pedem esmola nas ruas de Paris. A partir de hoje, um decreto municipal proíbe a mendicância na avenida dos Champs Elysées, vitrine turística da capital. Quem for pego em flagrante delito terá de pagar uma multa de 38 euros, cerca de 88 reais, e estará sujeito a medidas judiciais como o retorno forçado à Romênia.
Publicado em: Modificado em:
Os menores romenos estão em toda parte em Paris. Nas estações do metrô e nos principais pontos turísticos da cidade, como o Champs Elysées, a Torre Eiffel, a esplanada da catedral de Notre Dame ou o Quartier Latin. Segundo o Ministério do Interior, em dois anos a polícia triplicou o número de detenções desses jovens.
Que turista estrangeiro, passeando de mochila nas costas e máquina fotográfica pendurada no pescoço, não foi surpreendido pelo golpe do anel nas ruas de Paris? A cena é para lá de conhecida. Na presença do turista, o romeno deixa cair um falso anel de ouro no chão, cata "a jóia" para oferecer ao passante em troca de um trocado.
Os delitos mais comuns praticados pelos romenos são o furto de bolsas e celulares arrancados dos pedestres e passageiros do metrô, a abordagem violenta de idosos no momento em que eles sacam dinheiro de caixas eletrônicos, o furto e a revenda de metais (cobre e aço), golpes baratos como a arrecadação de dinheiro em abaixo-assinados de ajuda humanitária, e até a prostituição. Na visão das autoridades, esses crimes prejudicam a imagem da cidade.
A polícia diz ter prendido 4.800 romenos nos sete primeiros meses do ano em Paris, quase o dobro de ocorrências em relação ao mesmo período no ano passado. Para combater essa delinquência, que representa apenas 2% da delinquência geral na França, o governo preferiu radicalizar. Além da multa e de um processo penal, os romenos terão controles de identidade mais frequentes e, se estiverem em situação irregular, serão expulsos para a Romênia.
Ongs de defesa dos estrangeiros reclamaram das medidas. Elas consideram que a punição não resolve o problema e sugerem que o governo combata as redes de tráfico de humanos.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro