Um ano após acidente, Holanda homenageia vítimas da Malaysia Airlines
A Holanda presta homenagem nesta sexta-feira (17) às vítimas da queda do avião da Malaysia Airlines na Ucrânia, tragédia que completa um ano sem que os responsáveis tenham sido apontados.
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O Boeing 777 da companhia foi abatido no leste da Ucrânia em 17 de julho de 2014, em uma zona próxima da linha de frente dos combates entre as forças ucranianas e os separatistas russos. Os dois lados se acusam de ser os responsáveis pelo disparo antiaéreo que resultou na queda do avião.
Todos os passageiros e tripulantes do voo MH17 morreram. Ao todo, o acidente deixou 298 mortos, a maioria deles holandeses. Cerca de 2 mil familiares e amigos das vítimas participam hoje de uma cerimônia privada na Holanda, com presença do primeiro-ministro, Mark Rutte. As bandeiras do país estão a meio-mastro.
Tribunal da ONU
A Malásia, a Holanda e outros países pediram a criação de um tribunal da ONU para apurar os culpados do acidente. Mas a Rússia, membro do Conselho de Segurança da organização, vetou a proposta.
Na quinta-feira (16), o presidente russo, Vladimir Putin, conversou com Mark Rutte por telefone, e explicou que acredita que a criação de um tribunal especial para julgar os responsáveis pela queda do avião seria “contraprodutiva”.
O jornal australiano Sydney Daily Telegraph publicou em seu site um novo vídeo que mostra separatistas pró-Rússia roubando as bagagens dos passageiros mortos no local do acidente. As imagens chocaram a opinião pública e geraram a indignação da ministra das Relações Exteriores da Austrália, Julie Bishop.
Trinta e oito vítimas da tragédia eram australianas. Para Bishop, o vídeo é coerente com as informações divulgadas há um ano pelos serviços de inteligência de que o voo MH17 foi derrubado por um míssil.
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