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Brasil/FMI

Em relatório, FMI revê para baixo crescimento da economia brasileira

No relatório "Panorama Econômico Global", publicado nesta terça-feira (8), o FMI (Fundo Monetário Internacional) prevê que o crescimento no Brasil se manterá em um ritmo lento em 2014, em razão das deficiências infraestruturais e a falta de investimentos privados. O documento também mostra uma recuperação das economias europeia e americana.

A diretora do FMI Christine Lagarde em uma coletiva de imprensa nos Estados Unidos
A diretora do FMI Christine Lagarde em uma coletiva de imprensa nos Estados Unidos REUTERS/Jose Luis Magana
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De acordo com as estimativas do Fundo, o Brasil crescerá 1,8% e não mais 2,3%, como havia indicado em janeiro. A desaceleração do crescimento representa um recuo de 0,5 ponto percentual, indica o relatório da instituição.

Para o FMI, os problemas estruturais e de investimento refletem a falta de confiança do setor industrial. Em 2013, o crescimento do país já havia sido considerado "modesto" pela instituição pelo terceiro ano consecutivo, atingindo 2,3%, depois de registrar 7,5% em 2010.

A inflação também continuará alta, prevê o FMI, e se aproximará do teto de tolerância determinado pelo organismo, de 6,5%. Mas a política de ajuste monetário e da alta das taxas de juros, adotada pelo governo ano passado, deverá ajudar o Brasil a manter a inflação a 5,9% em 2014. Em 2015, o Fundo prevê uma baixa de 5,5%.

O crescimento do país neste ano será menor do que o da América do Sul. A previsão para a região é de 2,3%, com destaque para economia boliviana, que vai crescer 5,1%. Em compensação, o índice da Venezuela será de -0,5%.

O documento indica que a situação do país só deverá melhorar em 2015, com a previsão da alta do PIB de 2,7%. Já neste ano, com a Copa do Mundo, o governo brasileiro aposta que o PIB crescerá 2,5%, o que representa 0,5 ponto a mais do que havia indicado o Banco Central.

Governo aposta no retorno financeiro da Copa do Mundo

O Ministério do Turismo indicou nesta segunda-feira que a Copa representará uma injeção de 9,5 bilhões de euros na economia brasileira, o equivalente a 0,5 ponto do PIB brasileiro. O país gastou mais de 11 bilhões de euros na organização do evento.

No dia 24 de março, a agência Standard and Poor’s baixou a nota do Brasil de BBB a BBB-, alegando um crescimento econômico fraco e erros na política orçamentária do país. Para o Brasil, a decisão não teve fundamento, levando em conta as condições políticas e econômicas do país atualmente.

Em relação ao resto do mundo, o relatório mostra sinais de avanço economias das Europa, que crescerá 2,8% em 2014, e os Estados Unidos, que atinge 3% em 2015.
 

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