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Documentário desconstrói masculinidade 'catastrófica' de Bolsonaro a partir de subjetividade LGBT

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Depois do sucesso internacional de “Quebrando o Tabu” (2011) e uma filmografia que inclui títulos como “Coração Vagabundo” (2018) e “Abe” (2019), o diretor Fernando Grostein Andrade aborda em “Quebrando Mitos”, documentário que já tem mais de meio milhão de views no YouTube, a construção da masculinidade “catastrófica” do presidente Jair Bolsonaro, a partir do ponto de vista de um casal LGBTQIA+, numa produção codirigida com seu marido, Fernando Siqueira, além de Cláudia Calabi.

“Quebrando mitos” revela a masculinidade catastrófica e frágil de Jair Bolsonaro sob o ponto de vista de um casal LGBTQIA+.
“Quebrando mitos” revela a masculinidade catastrófica e frágil de Jair Bolsonaro sob o ponto de vista de um casal LGBTQIA+. © Rafa Levy
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(Para assistir a entrevista na íntegra, clique na imagem principal acima)

“Quebrando Mitos”, que privilegia um dispositivo narrativo de documentário em primeira pessoa, não foi, no entanto, uma escolha consciente do diretor a princípio. “Não foi algo que escolhi, foi algo que acabou me escolhendo”, diz o cineasta. “Tinha inicialmente a vontade, a sensação de uma responsabilidade de fazer um documentário que falasse sobre o que está acontecendo no Brasil, sobre a masculinidade frágil e catastrófica do presidente Bolsonaro, mas, conforme a gente foi editando, o resultado foi o de um filme extremamente sinistro, porque só mostrava as consequências da destruição provocadas pelo presidente”, ele descreve.

“Foi então que alguns artistas que me prestaram apoio durante o processo criativo, como o Cao Guimarães, Antônio Pinto e Sérgio Machado, me propuseram de focar também na delicadeza, na poesia e na resistência. Acabei então trazendo um pouco da minha vida como LGBTQIA+ e do meu marido (...). A intenção não era mostrar a nossa vida, mas foi algo que foi acontecendo durante a montagem”, afirma Grostein.

“O filme parte de um ponto de vista muito pessoal, tentando ser honesto com o espectador, mostrando nossos pontos cegos, para expandir para uma questão nacional, que é a ameaça que Jair Bolsonaro representa para uma questão estrutural, que é a masculinidade catastrófica, algo presente no mundo”, detalha o cineasta. “Ainda é muito raro ver um presidente LGBTQIA+, ou uma presidente mulher, a maior parte do mundo ocidental é dominada por homens brancos e heterossexuais”, contextualiza.

O documentário "Quebrando Mitos" estreou no dia 16 de setembro e continua com livre acesso e completamente gratuito na plataforma do YouTube, clicando aqui

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