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A Semana na Imprensa

Imprensa francesa questiona: até onde vai a ousadia do presidente russo?

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As revistas semanais francesas questionam até onde pode ir a investida militar de Vladimir Putin. A Le Point traz na capa uma foto do líder russo de binóculos acompanhada da manchete “O aloprado”. A L’Express diz que Washington leva a sério as ameaças de Moscou, e a L’Obs conta os horrores ocorridos em cidades que estiveram sob domínio russo e foram retomadas pela Ucrânia.

O presidente russo Vladimir Putin.
O presidente russo Vladimir Putin. AFP - ALEXEY NIKOLSKY
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A reportagem da revista Le Point mostra que oito anos após a anexação da Crimeia, Putin “repete o mesmo ritual pomposo”, desta vez se apropriando de 15% do território ucraniano. As condições não estariam boas, no entanto, para o Exército russo, de acordo com a semanal, que fala em “desastre militar de Putin”. A Le Point analisa que “arrogância no comando”, “falência dos serviços de inteligência”e “batalhões despreparados” estariam arruinando os planos do presidente russo.

Já a L’Express destaca que Washington tem levado a sério as ameaças de Putin e estuda como responderia a um possível ataque nuclear russo, uma vez que “passados mais de sete meses da invasão da Ucrânia, nada parece deter o avanço de Putin”. A revista lembra que após a derrota dos russos em Kharkiv, Moscou reagiu convocando uma mobilização parcial de milhares de homens, além de ter assinado a anexação de quatro regiões ucranianas à Rússia.

A reportagem traz a ilustração de uma mão apertando um botão vermelho e pergunta se o líder do Kremlin ousaria fazer uso de armas nucleares para impedir Kiev de retomar seus territórios. “O risco de uma escalada nuclear nunca esteve tão alto”, responde Daryl G. Kimball, diretor-executivo da Associação para o Controle de Armas, baseada em Washington, ouvido pela revista.

De acordo com especialistas, para destruir o Exército ucraniano, Putin poderia recorrer a vários ataques, já que a guerra na Ucrânia abrange vastas localidades, o que colocaria os militares russos também em risco de contato com materiais radioativos. Outra opção, acreditam, seria um lançamento nuclear sobre o Mar Negro, o que limitaria os impactos colaterais.

Ao quebrar o “tabu atômico” 70 anos após os bombardeios em Hiroshima e Nagasaki, “Moscou tenta dobrar todos os países que ficaram neutros após a invasão da Ucrânia, quando a Rússia se tornou um pária internacional”, analisa L’Express.  

A L’Obs traz uma longa reportagem sobre vários meses de batalhas a Izium, cidade ucraniana que esteve ocupada por tropas russas e onde foram encontradas centenas de sepulturas, após a saída dos invasores. A reportagem descreve um “centro torturas” e conta histórias de violência.

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