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Hamas ameaça suspender negociações de trégua sem ajuda imediata a Gaza

O Hamas ameaçou neste sábado (17) sair das negociações de trégua se ajuda adicional não fosse rapidamente enviada para a Faixa de Gaza, incluindo o norte do território, afetado pela fome.

Helicóptero israelense sobrevoa Khan Younis, Faixa de Gaza, na quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024.
Helicóptero israelense sobrevoa Khan Younis, Faixa de Gaza, na quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024. AP - Mohammed Dahman
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"As negociações não podem ocorrer enquanto a fome assola o povo palestino. O movimento pretende suspender as negociações até que a ajuda seja fornecida ao norte de Gaza", disse um "líder" do Hamas em comunicado divulgado pela al-Aqsa, o canal do movimento.

Questionado pela AFP, um alto funcionário do movimento palestino, que pediu anonimato, confirmou "que os mediadores do Egito e do Catar foram informados da intenção do Hamas de suspender as negociações até que a ajuda seja fornecida à Faixa de Gaza, incluindo o norte".

Negociações complexas sobre um cessar-fogo nos combates, a libertação de reféns mantidos em Gaza e prisioneiros palestinos detidos por Israel continuam por meio dos países mediadores, Egito, Catar e Estados Unidos.

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Cessar-fogo total

O Hamas insiste, entre outras coisas, em um "cessar-fogo total" e na retirada das forças israelenses da Faixa de Gaza. O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, cuja guerra em Gaza visa "aniquilar" o movimento islamita, recusa, neste momento, as exigências do Hamas e menciona uma pausa nos combates em vez do fim das hostilidades.

Essas declarações surgem enquanto o Exército israelense se prepara para lançar uma ofensiva na cidade de Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, onde vivem 1,4 milhão de palestinos, a maioria deslocados pelos combates, um cenário temido pela ONU.

Elas também ocorrem no momento em que Gaza está cada vez mais próxima da "fome", especialmente no norte do território, segundo o Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU.

A guerra foi desencadeada pelo ataque sem precedentes em 7 de outubro, liderado por comandos do Hamas infiltrados de Gaza no sul de Israel, que resultou na morte de mais de 1.160 pessoas, principalmente civis, segundo um levantamento da AFP com base em dados oficiais israelenses.

A ofensiva israelense em resposta causou 28.858 mortes na Faixa de Gaza, a maioria civis, segundo um novo balanço do Ministério da Saúde do Hamas no sábado.

Um acordo de trégua em novembro permitiu a libertação de 105 reféns, incluindo 80 israelenses, em troca de 240 prisioneiros palestinos detidos por Israel.

De acordo com Israel, 130 reféns continuam detidos em Gaza, dos quais 30 teriam morrido, de um total de cerca de 250 pessoas sequestradas em 7 de outubro.

(Com AFP)

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