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Macron conversa com Zelensky sobre fornecimento de armas, apesar de retaliações da Rússia

Os presidentes francês e ucraniano, Emmanuel Macron e Volodymyr Zelensky, discutiram neste sábado (10) por telefone a situação na frente de batalha e as “necessidades da Ucrânia” em armas e munições para enfrentar a invasão russa.

Os presidentes Volodymyr Zelensky e Emmanuel Macron, em maio de 2023, no Palácio do EliseU.
Os presidentes Volodymyr Zelensky e Emmanuel Macron, em maio de 2023, no Palácio do EliseU. REUTERS - CHRISTIAN HARTMANN
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“Conversamos sobre a situação no campo de batalha e as necessidades de defesa da Ucrânia, que incluem drones, artilharia e munições, guerra eletrônica e sistemas de defesa aérea”, disse Zelensky na rede social X. Ele descreveu a conversa com Macron como “muito positiva e concreta” e agradeceu à França pelo seu “apoio inabalável”.

Em uma nota oficial, o Palácio do Eliseu disse que “o presidente da República reiterou a determinação da França em prestar todo o apoio necessário, a longo prazo e com todos os seus parceiros, para derrotar a guerra de agressão da Rússia”.

Os dois líderes falaram também sobre o acordo bilateral de defesa que a França e a Ucrânia esperam concluir em breve, seguindo o exemplo do recentemente celebrado por Kiev com o Reino Unido.

O apoio da França à Ucrânia causou nas últimas semanas uma escalada de tensões com a Rússia, que retaliou o “frenesi militarista” francês devido à promessa de novas entregas de armas para Kiev.

O embaixador russo na França, Alexei Mechkov, foi convocado ao Ministério das Relações Exteriores da França na segunda-feira (5), após a morte de dois trabalhadores humanitários franceses em ataques russos na Ucrânia na semana anterior.

Autoridades francesas e especialistas também têm denunciado que a França voltou a ser alvo de campanhas de desinformação e fake news promovidas por Moscou, a fim de desestabilizar o apoio da opinião pública em favor da Ucrânia. 

Em entrevista à imprensa alemã, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, pediu para os europeus aumentarem a produção de armas para poderem ajudar mais a Ucrânia contra a Rússia e reabastecer os próprios estoques europeus. O objetivo, segundo ele, é se preparar para um confronto “que pode durar décadas”.

Indignação após ataque que deixou sete mortos

Sete pessoas, incluindo três crianças, morreram neste sábado (10) em decorrência de um ataque de drone russo que incendiou um posto de gasolina na cidade de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, provocando um "rio de fogo" e a destruição de 15 casas. Segundo as autoridades locais, o ataque ocorreu com drones Shahed de fabricação iraniana.

O fogo gerado após o impacto se espalhou rapidamente e obrigou a evacuação de cerca de 50 pessoas. De acordo com Sergi Bolvinov, um oficial da polícia de Kharkiv, em uma das casas atingidas pelas chamas, um casal e os três filhos – duas crianças de 7 anos, 4 anos e um bebê de cerca de seis meses – morreram "queimados vivos".

Oleksandre Lagutin conseguiu escapar do incêndio. "Houve um estrondo, tudo começou a queimar e em cinco minutos tivemos um rio de fogo", afirmou.

Segundo a polícia, havia cerca de 3.800 toneladas de combustível armazenadas no posto.

"Nossa raiva é absoluta. Essas pessoas vão pagar por tudo", disse indignado o chefe da administração presidencial, Andrii Yermak, em mensagem no Telegram.

Kharkiv e a cidade de Veliki Burluk, mais a leste, têm sido alvos frequentes de ataques desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, no final de fevereiro de 2022.

(Com AFP)

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