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Bebês prematuros de Al-Shifa são transferidos; França se oferece para receber crianças feridas de Gaza

O diretor dos hospitais de Gaza anunciou no domingo (19) a transferência dos 31 bebês prematuros que ainda estavam no centro de saúde. Cerca de 2.500 pessoas deixaram o hospital Al-Shifa, o maior de Gaza, no sábado (18). O local, segundo a Organização Mundial da Saúde - OMS, se tornou uma “zona de morte”. Também no domingo, o presidente francês Emmanuel Macron anunciou que “crianças feridas ou doentes de Gaza” poderão ser “tratadas na França” se isso for “útil e necessário”.

Médicos e enfermeiros palestinos cuidam dos bebês transferidos do hospital al-Shifa para um hospital de Rafah, antes de serem levados para o Egito.
Médicos e enfermeiros palestinos cuidam dos bebês transferidos do hospital al-Shifa para um hospital de Rafah, antes de serem levados para o Egito. © MOHAMMED ABED / AFP
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Os 31 bebês prematuros que ainda estavam no hospital Al-Shifa de Gaza foram retirados do estabelecimento, disse Mohammed Zaqout, diretor-geral dos hospitais na Faixa de Gaza, à AFP no domingo.

“Estão em curso preparativos para evacuá-los para o Egito” através do terminal de Rafah, acrescentou, a única abertura ao mundo do território palestino que não está nas mãos de Israel.

“Seis médicos e dez familiares” os acompanharam, disse a OMS, que participou da organização da transferência, realizada por seis ambulâncias da Cruz Vermelha palestina.

Esta última confirmou que o comboio foi organizado em coordenação com a ONU, condição exigida pela organização após um ataque mortal do exército israelense a uma ambulância nas portas de Al-Shifa, em 4 de novembro.

Após os bebês prematuros terem sido transportados, “estão previstas outras missões para transportar os pacientes restantes e profissionais de saúde de Al-Shifa”, disse a OMS. Mas, acrescenta, também “serão necessárias garantias das partes em conflito para uma passagem segura”.

No sábado, o médico Ahmed El Mokhallalati anunciou na rede social X (antigo Twitter), que ele permaneceria em Al-Shifa ao lado de outros cinco profissionais de saúde. Funcionários do hospital explicaram à AFP que receberam uma ordem de evacuação no início do sábado do exército israelense, que então sitiava o hospital. O exército, por sua vez, afirma ter respondido a um “pedido” do estabelecimento.

França se oferece para receber crianças feridas

Numa mensagem publicada na rede social X, onde evoca uma “emergência para a população de Gaza”, o presidente da República francês, Emmanuel Macron, declarou que “a França mobilizaria todos os meios ao seu dispor, como transporte aéreo, para que (estas crianças) possam ser tratadas no país, se isso for útil e necessário".

Entre diversos anúncios feitos pelo presidente via rede social, ele colocou o país à disposição para transporte e cuidado de crianças feridas.

“Estão sendo tomadas providências para receber até 50 pacientes nos nossos hospitais”, acrescentou o chefe de Estado, ao detalhar as últimas medidas tomadas pela França em termos de ajuda humanitária ao Oriente Médio.

Macron especificou o destacamento de meios médicos no mar, com a saída prevista “no início da semana” do porta-helicópteros anfíbio Dixmude, “configurado para apoio hospitalar com capacidade para 40 camas”. O aparelho chegará ao Egito “nos próximos dias” e terá como objetivo “tratar os casos mais graves e permitir que os civis feridos sejam mantidos para serem tratados nos hospitais vizinhos, se necessário”.

Um novo avião da Força Aérea transportará “mais de dez toneladas de carga médica no início da semana”, tendo a bordo “dois postos de saúde móveis para tratar cerca de 500 feridos graves cada”, acrescentou o presidente.

"A ajuda humanitária deve poder chegar o mais rapidamente e com a maior segurança possível. Para isso, devemos obter uma trégua humanitária imediata que conduza a um cessar-fogo", apelou o presidente francês no 44.º dia da guerra entre Israel e o Hamas.

Depois de fazer um balanço no sábado com o Emir do Qatar, Xeque Tamim ben Hamad Al-Thani, e com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, sobre a situação dos reféns detidos pelo Hamas em Gaza, o chefe de Estado lembrou que está fazendo “todo o possível (...) para obter a libertação de todos os reféns, em particular dos nossos oito compatriotas franceses”.

(Com informações da AFP)

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